domingo, 18 de julho de 2010

LIVRARIA CULTURA ...LANÇAMENTO DO LIVRO DO MEU PROFESSOR DA GRADUAÇÃO RENATHO COSTA DIA 16/07/2010



PROFESSOR E ESCRITOR RENATHO COSTA.


ENTREVISTA PARA O JORNAL DE JUNDIAÍ.


EU NA FRENTE DA LIVRARIA CULTURA.


EU OLHANDO OS LIVROS.

EU TINHA ACABADO DE COMPRAR O LIVRO.



AO LADO DO ESCRITOR DO LIVRO: "OS MENINOS DE GATEVILLE", RENATHO COSTA FOI MEU PROFESSOR DE GRADUAÇÃO NA FMC.

QUE HONRA..RECEBENDO UM AUTOGRAFO,KKK.

UM MOMENTO DE TRANQÜILIDADE, OBSERVANDO AS PESSOAS E OUVINDO MÚSICA CLÁSSICA.

OLHA A FILA DE GENTE, QUERENDO AUTOGRAFO DO ESCRITOR.

PATY,FÁTIMA (AMIGAS DA FMC) E MEU EX PROFESSOR DE GRADUAÇÃO CELSO TAMBÉM DA FMC.

AMIGA FÁTIMA, EU E A COORDENADORA ELIANA DA FMC.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

BIOGRAFIA DE Charles-Pierre Baudelaire


Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de Abril de 1821Paris, 31 de Agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francês. É considerado um dos precursores do Simbolismo, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.


Nasceu em Paris a 9 de abril de 1821. Estudou no Colégio Real de Lyon e Colégio Louis-Le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega).


Em 1840 foi enviado pelo padrasto, preocupado com sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Pára na ilha da Reunião e retorna a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, e então sua fortuna torna-se controlada por um notário.


Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são presos, o escritor paga 300 francos e a editora 100, de multa.


Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreveu seis novos poemas "mais belos que os suprimidos", segundo ele.


Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.


Morre em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.


Cronologia


Túmulo de Baudelaire




Poeta francês


Charles Baudelaire


9/4/1821, Paris, França
31/8/1867, Paris, França


Órfão de pai aos seis anos, Charles-Pierre Baudelaire viria a odiar o segundo marido da mãe, o general Jacques Aupick (mais tarde, esse sentimento inspiraria sua atitude rebelde em face das convenções sociais e dos temas frívolos na poesia).

Após anos de desavenças com o padrasto, Baudelaire interrompeu os estudos em Lyon para fazer uma viagem à Índia. Na volta, participou da Revolução de 1848.

Após esse período conturbado, passou a freqüentar a elite aristocrática. Envolveu-se com a atriz Marie Daubrun, a cortesã Apollonie Sabatier e a também atriz Jeanne Duval, uma mulata por quem se apaixonou e a quem dedicou o ciclo de poemas "Vênus Negra".

Em 1847, lançou "La Fanfarlo", seu único romance (trata-se, mais propriamente, de uma novela autobiográfica).

Dez anos depois, quando se publicaram "As Flores do Mal" ("Les Fleurs du Mal"), todos os envolvidos com o livro foram processados por obscenidade e blasfêmia.

Além de pagarem multa, viram-se obrigados a retirar seis poemas do volume original (só publicado na integra em edições póstumas). Tanto "As Flores do Mal" como "Pequenos Poemas em Prosa" (póstumos, 1869) introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo opostos existenciais como o sublime e o grotesco.

Entre seus ensaios, destaca-se "O Princípio Poético" (1876), em que fixa as bases de seu trabalho. Nos diários (também publicados postumamente), revela-se profético e radical contestador da civilização moderna.

Literato que avançou as fronteiras dos costumes em sua época, Baudelaire lançou-se como crítico de arte no Salão de 1845, sempre buscando um princípio inspirador e coerente nas obras artísticas. ("Salão" era o nome pelo qual se conhecia a mais importante mostra anual da pintura e da escultura francesas.)

De 1852 a 1865, Baudelaire traduziu os textos do poeta e contista norte-americano Edgar Allan Poe, por quem se entusiasmara já no final da década de 1840.

Outro Baudelaire, o sifilítico e usuário de drogas, surge em "Os Paraísos Artificiais, Ópio e Haxixe" (1860), uma especulação sobre plantas alucinógenas, parcialmente inspirada pelas "Confissões de um Comedor de Ópio" (1821), do escritor inglês Thomas de Quincey. Há também obras de cunho intimista e confessional, como "Meu Coração Desnudo".

Baudelaire foi um dos maiores poetas franceses de todos os tempos. Alguns o consideram um antecessor do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. Pioneiro da linguagem moderna, impôs à realidade uma submissão lírica. Embora muito criticado, tinha entre seus admiradores homens como Victor Hugo, Gustave Flaubert, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine.

Dissipou seus bens na boemia e na jogatina parisienses. Mergulhado em dívidas, teve de resignar-se a medidas judiciárias tomadas pelos familiares, e um tutor foi nomeado para controlar-lhe os gastos.

Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Após uma vida repleta de tribulações, Baudelaire morreu com apenas 46 anos, nos braços da mãe. Seu talento e seu intelecto só seriam totalmente reconhecidos depois. No século 20, tornou-se um ícone, influenciando direta e indiretamente toda a moderna poesia ocidental. http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u312.jhtm


 OBS: COISAS QUE APRENDO NA PÓS-GRADUAÇÃO.

BIOGRAFIA DE ANTONIO CANDIDO.


Antonio Candido de Mello e Souza (Rio de Janeiro, 24 de julho de 1918) é um intelectual brasileiro. Estudioso da literatura brasileira e estrangeira, possui uma obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do mundo. À atividade de crítico literário soma-se a atividade acadêmica, como professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.É professor-emérito da USP e da UNESP, e doutor honoris causa da Unicamp.

Estudos-Tendo concluído os estudos secundários na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais, Antonio Candido ingressou na recém-fundada Universidade de São Paulo em 1939, simultaneamente nos cursos de Ciências Sociais e Direito, não chegando a colar grau neste último. Nos anos de estudo universitário, conheceu Décio de Almeida Prado, Paulo Emílio Salles Gomes, Florestan Fernandes, Lourival Gomes Machado, Alfredo Mesquita, Ruy Coelho e Gilda de Moraes Rocha - posteriormente chamada Gilda de Mello e Souza, sobrinha de Mário de Andrade e sua futura esposa - com os quais funda a revista Clima, cabendo a Antonio Candido escrever sobre literatura.

Política-Paralelo às atividades literárias, Candido militou no Partido Socialista Brasileiro e participou do Grupo Radical de Ação Popular, integrado também por Paulo Emílio Salles Gomes, Germinal Feijó, Paulo Zingg e Antônio Costa Correia, editando um jornal clandestino, de oposição ao governo Getúlio Vargas, chamado Resistência. Posteriormente, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, do qual é filiado até hoje.

Professor-Em 1942 ingressou no corpo docente da Universidade de São Paulo (USP) como assistente de ensino do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II, onde foi colega de Florestan Fernandes. A partir de 1943 passou a colaborar com o jornal Folha da Manhã, em que escreveu diversos artigos e resenhou os primeiros livros de João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector.

Em 1945, obteve o título de livre-docente com a tese Introdução ao Método Crítico de Sílvio Romero e, em 1954, o grau de doutor em Ciências Sociais com a tese Parceiros do Rio Bonito, ainda hoje um marco nos estudos brasileiros sobre sociedades tradicionais. Entre 1958 e 1960 foi professor de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia de Assis, hoje integrada à Universidade Estadual Paulista.
Em 1961 regressou à USP e, a partir de 1974, torna-se professor-titular de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (assim denominada a partir de 1970) da USP, sendo responsável pela formação de grande parte da intelectualidade nacional, direta ou indiretamente. Entre os seus discípulos estão Antônio Lázaro de Almeida Prado, Fernando Henrique Cardoso, Roberto Schwarz, Davi Arrigucci Jr., Walnice Nogueira Galvão, João Luiz Lafetá e Antônio Arnoni Prado, entre outros.
Aposentou-se em 1978, todavia manteve-se ainda como professor do curso de pós-graduação e crítico atuante não só na vida literária, como também na política, tendo sido um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Recebeu o Prémio Camões em 1998.

Vida pessoal

Foi casado com Gilda de Mello e Souza, sobrinha do escritor Mário de Andrade, cuja obra ela estudou, especialmente em O Tupi e o Alaúde, e que foi professora de Estética no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Gilda faleceu em 25 de dezembro de 2005.

Principais obras

  • Introdução ao Método Crítico de Sílvio Romero, 1945;
  • Formação da Literatura Brasileira - Momentos Decisivos - 1957;
  • Ficção e Confissão, 1956;
  • O Observador Literário, 1959;
  • Presença da Literatura Brasileira - 1964 (em colaboração com J. Aderaldo Castello);
  • Tese e Antitese, 1964;
  • Parceiros do Rio Bonito, 1964;
  • Formação da Literatura Brasileira, 1975;
  • A Educação pela Noite e Outros Ensaios, 1987;
  • O Discurso e a Cidade, 1993.

Prêmios-Prêmio Jabuti,Prêmio Juca Pato,Intelectual do Ano 2007, conferido pela UBE - União Brasileira de Escritores, em 2008. O Prêmio Juca Pato agracia o intelectual que mais se destacou no ano anterior.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Candido_de_Mello_e_Souza

Antonio Candido é sensível às manifestações do pensamento clássico ou contemporâneo, nacional ou universal, e trata com familiaridade toda obra literária - poesia, prosa, ensaio.  Estuda Proust, Stendhal, Romain Rolland, Silone; Antero de Quental, Eça de Queirós, Machado de Assis.  Aprecia seus principais contemporâneos - Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ciro dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Jorge Amado.  Prenuncia grandes nomes, como os de Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, José Geraldo Vieira.  E não deixa de lado o trabalho dos críticos e pensadores, como Gilberto Freyre, Tristão de Ataíde ou Álvaro Lins.
OBS: COISAS DA PÓS-GRADUAÇAO. 

LITERATURA E SOCIEDADE...

PRIMEIRA PARTE

I - CRÍTICA E SOCIOLOGIA

“Uma crítica que se queira integral deixará de ser, unilateralmente, sociológica, psicológica ou linguística, para utilizar os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente. Mas nada impede que cada crítico ressalte o elemento de sua preferência, desde que o utilize como componente da estruturação da obra”.

 uma crítica coerente, perspicaz e eficaz se situa em uma posição de respeito diante da obra literária, perante a produção artística.
    • à medida que requer o conhecimento de saberes e valores articulados pela tradição crítica que, entretanto, não devem ser apenas reproduzidos.
    • o compromisso crítico é um ato político e exige reflexão.
  • Cândido valoriza a contribuição das ciências sociais
    • para ele deve haver uma relação de complementaridade entre as diferentes áreas
    • sendo a partir deste analisado enfoque o vínculo entre a obra, a estética e o ambiente.
  (...) “o externo (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-se assim, interno”.
  • “Senhora”, de José de Alencar
    • possui dimensões sociais evidentes
    • o assunto repousa sobre condições sociais que é preciso compreender a fim de penetrar no significado
    • as relações humanas se deterioram
    • crítica sociológica: o comportamento obsessivo da heroína
  • Para Cândido somente referências a lugares, datas, manifestações de determinados grupos sociais não bastam para definir o caráter sociológico de um estudo.
  • É necessário considerar o elemento social como referência:
    • que permite identificar a expressão de certa época ou de uma sociedade determinada;
    • que permite situá-lo historicamente como fator da própria construção artística, estudado no nível explicativo e não ilustrativo.
 modalidades de estudos do tipo sociológico à , sociologia, a história e a crítica de conteúdo:
  • Trabalhos que procuram relacionar o conjunto de uma literatura (um período, um gênero) com as condições sociais: Taine e Silvio Romero.
    • Ponto positivo: traça um panorama geral, que facilita o entendimento das sequencia históricas e sociais.
    • Ponto negativo: dificuldades em explicitar a ligação entre as condições sociais e as obras.
  • Trabalhos que procuram verificar à medida que as obras espelham ou representam a sociedade, descrevendo seus vários aspectos.
    • Estabelece correlações entre os aspectos reais e os que aparecem nos livros.
    • Tende mais para a sociologia elementar do que para a crítica literária.
  • Trabalhos centrados na análise de cunho estritamente sociológico.
    • consistindo no estudo da relação entre a obra e o público (o seu destino, a sua aceitação, a ação recíproca de ambos).
  Trabalhos voltados para o estudo da posição e função social do escritor
    • procura relações entre sua posição e a natureza de suas produções, e ambas com a organização da sociedade.
  • Trabalhos voltados à investigação da função política das obras e dos autores.
    • atende a intuitos ideológicos previamente determinados
  • Trabalhos centrados na investigação hipotética das origens, buscando uma essência particular, tanto da literatura em geral, como de determinados gêneros.
 Para Candido, todas as modalidades e suas variantes são legitimas
    • Desde que tomadas no sentido de teoria e história sociológica da literatura ou como sociologia da literatura.

 Não se trata de afirmar ou negar uma dimensão evidente do fato literário, mas de averiguar, sob o ângulo específico da crítica, se ela é decisiva ou apenas aproveitável para entender as obras particulares.

  • O primeiro passo é ter consciência da relação arbitrária e deformante que o trabalho artístico estabelece com a realidade, mesmo quando pretende observá-la e transpô-la.
 II – A LITERATURA E A VIDA SOCIAL
à focaliza aspectos sociais que envolvem a vida artística e literária em diferentes momentos.  
  • o autor transforma tudo que passa por ele, combinado a realidade que absorve com a sua percepção, devolvendo uma interpretação própria e subjetiva ao mundo.
    • É dessa forma dialógica que alguns estudos abordam a  influência exercida pelo meio social sobre a obra de arte, assim como a influência que a própria obra exerce sobre o meio.
  • analisar o conteúdo social das obras com base em motivos de ordem moral ou política.
    • A arte é social e depende tanto da ação de fatores do meio, como produz um efeito prático nos indivíduos, transformando sua conduta e concepção do mundo, ou reforçando valores sociais.

  Em síntese, primeira tarefa é investigar as influências concretas exercidas pelos fatores socioculturais, entre os quais aqueles se ligam:
    • à estrutura social
      • definição da posição social do artista e na configuração do público
    • aos valores e ideologias
      • na forma e conteúdo da obra
    • às técnicas de comunicação
      • na sua fatura e transmissão
 Como a sociedade define a posição e o papel do artista, como a obra depende dos recursos técnicos para incorporar os valores propostos e como se configuram os públicos.

1 — A posição do artista
    à A estrutura da sociedade define a posição do artista   
    à A obra depende do artista e das condições que determinam sua posição social.
    à O artista é um agente individual que toma para si a tarefa de criar uma obra, pode ou não ser reconhecido pela sociedade como criador ou intérprete e o destino de sua obra está intimamente ligado a esta circunstância.  
2 — A configuração da obra
    à Uma obra é realizada quando configurada pelo artista
    à O artista recebe influências dos valores e ideologias propagados em sua época e esses dados influenciam a forma e o conteúdo da obra de arte.
    à Por sua vez, as modalidades ou técnicas de comunicação irão influenciar tanto a forma da obra como a sua transmissão.
    • influência ativa do jornal sobre a literatura
    • o romance de folhetim (Séc. XVIII) vai exercer sua influência sobre o cinema, os seriados, minisséries e novelas de televisão. 
 3 — O público 
  • O público influencia o autor enquanto produtor e incidem sobre o rumo de sua arte.
  • o social também atua no comportamento dos públicos, por meio de valores que se manifestam sob designações diversas (gosto, moda, voga) e exprimem as expectativas sociais.
  • Em grupos restritos, o pequeno número de componentes da comunidade e o entrosamento íntimo das manifestações artísticas com os demais aspectos da vida social permitem uma participação ativa do público junto ao artista na execução da obra.
  • A reação do público em relação a determinado objeto artístico irá influenciar o próprio artista e suas decisões em relação ao que produz.
  • Outros aspectos, de caráter técnico, tecnológico ou sociocultural, atuam sobre a formação e caracterização dos públicos.

 III – ESTÍMULOS DA CRIAÇÃO LITERÁRIA 
  • Aborda as diferenças entre a vida literária em sociedades "primitivas" e "civilizadas", através de uma retrospectiva sobre a criação literária através dos tempos, enfocando os estímulos da realidade como elementos determinantes, “uma vez que a literatura é um fenômeno cultural que se atualiza de modos distintos em diferentes sociedades”.
  • a literatura “é uma transposição do real para o ilusório por meio de uma estilização formal, que propõe um tipo arbitrário de ordem para as coisas, os seres, os sentimentos. Nela se combinam um elemento de vinculação à realidade natural ou social, e um elemento de manipulação técnica [...]”.
  • A obra literária, do ponto de vista sociológico, com importantes conseqüências no terreno estético, consiste na possibilidade de realização individual.
 FUNÇÕES DA LITERATURA 
  • A FUNÇÃO TOTAL “deriva de um sistema simbólico, que transmite certa visão de mundo por meio de instrumentos expressivos adequados”.
    • Através dessa visão de mundo são traduzidas representações individuais e sociais que não estão atreladas à situação imediata de criação da obra
  • A FUNÇÃO SOCIAL comporta a influência que a obra exerce no estabelecimento das relações sociais, na satisfação das necessidades espirituais e materiais, na manutenção ou mudança de certa ordem social.
    • independe da vontade dos autores e consumidores da obra literária
    • “decorre da própria natureza da obra
    • da sua inserção no universo de valores culturais e do seu caráter de expressão, coroada pela comunicação”.
 A FUNÇÃO IDEOLÓGICA “se refere em geral a um sistema definido de idéias”. Ocorre quando o autor da obra ou seus consumidores estabelecem, conscientemente, certos desígnios em relação à obra. 

OBS: MAIS COISAS QUE ESTOU APRENDENDO NA PÓS-GRADUAÇAO .

ENSAIO: Entre coreanos e bolivianos

São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010


O destino paulistano de Lombroso
resumo
Teórico da antropologia criminal do século 19, Cesare
Lombroso (1835-1909) viu na miscigenação e nos traços não
europeus sinais de delinquência e pendor para o crime. Hoje
quase esquecido, ironicamente dá seu nome a um shopping
popular no Bom Retiro, um dos bairros paulistanos mais
marcados pela mistura de raças.
LILIA M. SCHWARCZ
Quem chega ao bairro paulistano do Bom Retiro e dá de cara
com um novo e vistoso shopping não suspeita que ele se
chame Lombroso Fashion Mall. A pátina do tempo e a rotina
do dia a dia fizeram com que o nome deixasse de causar
qualquer estranhamento, até porque o complexo de lojas está
localizado na rua Cesare, em versão reduzida na placa de
esquina; Cesare Lombroso, para aqueles que gostam de
nomes completos. Nada que nossa vã filosofia ocidental não
explique, entenda ou naturalize.
Na propaganda, que faz o gosto da clientela local, anuncia-se
que ali está "o melhor do Bom Retiro", e não é para menos.
Há um pouco de tudo: moda feminina e masculina, moda
criança, moda evangélica, moda festa, moda para
avantajados (como define o manual dos bons modos
politicamente corretos, que troca seis por meia dúzia), lojas
de informática, de artigos esportivos, de calçados, joalherias
e bijuterias, e, como não poderia faltar, uma ampla praça de
alimentação; costume que já faz parte do cotidiano daqueles
que procuram esse tipo de diversão consumista. Enquanto o
bolso paga caro, a alma se alimenta, e dá-se um jeito de
redimir qualquer culpa causada por excesso pecuniário.
ARREPIO Mas como disse Dostoiévski, em "O Idiota",
"tem coisa que não cabe nas palavras" e, nesse caso, dá um
certo arrepio ligar o nome da criatura ao que acontece nesse
templo dos gastos locais. De um lado, um edifício pronto
para receber uma população híbrida em sua origem e gostos.
De outro, um cientista que ficou famoso em finais do século
19 por causa de suas teses de determinismo racial, e por
liderar a escola de antropologia criminal italiana, que não só
manteria a fama até os anos 1930 como viraria adjetivo: ser
chamado de lombrosiano não era, com certeza, um bom
alvitre.
Cesare Lombroso não é, pois, nome de um tio simpático, ou
de um parente italiano distante, que teria enriquecido por
conta do café; aquele que fez a fortuna de São Paulo a partir
dos anos 1870. A data coincide, mas a situação é das mais
diversas.
Lombroso nasceu no seio de uma família abastada de
Verona, em 1835, e se dedicou à carreira de médico:
frequentou, primeiramente, a Universidade de Pavia e depois
a de cirurgia em Gênova. Em seguida, se voltaria para a
nascente ciência da loucura e, não por coincidência, faria
parte das rodas de Viena do "fin de siècle". Não por acaso,
também, selecionaria a psiquiatria como campo de atuação e
advogaria a tese de que o meio determina a mente.
PRIMAZIA DA RAÇA Dos estudos sobre loucura
Lombroso passaria aos de higiene e se lançaria a uma nova
área, a medicina legal, pautada pela noção da primazia da
raça sobre o indivíduo.
"Ninguém escapa aos limites de sua raça", diria ele,
anunciando uma nova perspectiva para a ciência da época,
em que a regra era a prevenção. Em 1876, Lombroso publica
o livro que lhe traz renome mundial -"O Homem
Delinquente" [Ícone Editora]- e se transforma, por conta de
suas teses na área do atavismo e da frenologia, em grande
personalidade científica.
Criada pelo físico alemão Joseph Gall e também conhecida
como carecteologia ou fisiognomia, a frenologia partia da
certeza de que características atávicas "exteriores"
corresponderiam a espelhos de aspectos invisíveis e
"interiores". Ou seja, estigmas físicos e morais poderiam
indicar, com precisão, traços de delinquência e loucura,
presentes ou futuros.
Assim, sinais como a linha solitária na palma da mão,
insensibilidade à dor, pederastia, epilepsia, mas também
orelhas de abano, testas altas e lábios grossos seriam
evidências de um corpo em desequilíbrio e degeneração. E
pasmem os modernos que frequentam o shopping Lombroso:
para o cientista, as tatuagens representavam prova inconteste
de perturbação mental.
No entanto, segundo tal teoria, pior do que raças "puras" (as
inferiores, no caso) eram as mestiçadas. Na opinião de
Lombroso, a mistura de povos diversos levava sempre a
"produtos falidos, decaídos e imprestáveis".
E o antropologista seria logo convertido em pensador dileto
do final do 19, uma vez que, naquela era das certezas,
oferecia a melhor das utopias: prender o criminoso antes que
ele imaginasse praticar o ato. Dizem que cada momento tem
a utopia que merece e, nesse caso, a redenção significava
erradicar o mal antes que ele ousasse se apresentar.
Cesare Lombroso faria vários seguidores em sua terra -como
Enrico Ferri, renomado criminologista italiano, que esteve
no Brasil em 1908 e causou furor-, mas também aqui nos
trópicos. Um dos mais conhecidos foi Nina Rodrigues
(1862-1906), médico da escola baiana que se devotou
igualmente a estudos de loucura e criminologia. É dele a
máxima de que era "melhor esquecer a doença e atentar para
o doente": o mestiço. Isso num país como o Brasil, a essas
alturas definitivamente misturado e doente, pelo menos para
Nina Rodrigues.
DOIS CÓDIGOS Não é fato de somenos importância Nina
Rodrigues publicar, no contexto da abolição da escravidão,
um opúsculo chamado "As raças humanas e a
responsabilidade penal" (1894), em que propunha a
existência de dois códigos civis: um para brancos e outro
para negros. É dele também o ensaio "Mestiçagem,
degenerescência e crime" (1899), o qual, dedicado ao mestre
italiano, mostrava como povos híbridos não escapavam,
mesmo que tentassem, da "degeneração".
O médico ilustrou sua tese com o exemplo de uma família,
devidamente selecionada em Serrinha, no interior da Bahia, e
o resultado da mistura (segundo o cientista) surgia
indiscutível: o pai ébrio, a mãe epiléptica, um filho tatuado,
outro gago, outro com mania de ler poemas nas algibeiras e
ainda uma filha portando síndrome de solteirona. A
conclusão era radical: não se escapava aos desígnios da
natureza.
No Brasil, tais teorias não poderiam ser mais avassaladoras.
Numa época em que a República exaltava a cidadania, as
teorias científicas transformavam igualdade em balela e
livre-arbítrio em subjetividade filosófica.
RAÇAS E PENDORES Nina Rodrigues, por sua vez,
tentaria interferir no Código Penal de 1894 opondo-se ao
jusnaturalismo, ou seja, ao princípio da universalidade do
corpo de leis. "Os homens não nascem iguais", disse ele.
"Esse é um suposto dos homens de direito pois sem ele não
haveria leis; mas nós, homens de ciência, bem o sabemos: os
homens são profundamente diferentes em suas raças e
pendores."
Interessante é que não só Lombroso virou shopping, como
Nina Rodrigues transformou-se em rua e praça de São Paulo.
A homenagem está localizada no bairro da Liberdade, e lá se
abrigam o Ministério do Trabalho e do Emprego, o Instituto
Nacional do Seguro Social, a Companhia de Engenharia de
Tráfego e, "last but not least", o Banco do Brasil. Para um
cientista que tentou controlar as populações e pensou a
sociedade como um laboratório racial, nada mais
representativo do que esse conjunto robusto de instituições.
Mas voltemos ao nosso shopping. É fácil imaginar
Lombroso passeando por lá e analisando, pesaroso, tanta
mestiçagem reunida em um só espaço. Com certeza,
estudando as características somáticas da clientela, o
cientista se depararia com vários futuros criminosos e
tentaria evitar que a sociedade sofresse com tantos males.
COREANOS E BOLIVIANOS Afinal, por lá passeiam
clientes com cores e feições orientais, negras, brancas,
mestiças; sem esquecer da febre de consumo, também
considerada estigma grave de degeneração. O Bom Retiro,
que nasceu como um bairro de imigração judaica, passou a
ser habitado por coreanos e depois bolivianos -o que, para
nosso pensador determinista, não cheiraria nada bem. Nosso
homenageado, quem sabe, teria feito a festa, seguindo a
máxima de que prevenir era muito melhor do que remediar.
Talvez fizesse bom uso de seu livro de 1899, "Crimes, Suas
Causas e Soluções", em que mostrou, de maneira definitiva,
que diante de uma causa -a mestiçagem- só havia uma
solução: o confinamento, a esterilização, o impedimento.
E digamos que o cientista se animasse a dar um pulo na
Liberdade, para verificar, com seu admirador longínquo
Nina Rodrigues, como a vizinhança acabou tintada pela
imigração japonesa também pouco recomendada por ambos,
que ajuizavam que o futuro de qualquer país civilizado só
poderia ser branco, ou seja, europeu.
Melhor viver a ignorância dos crédulos e esquecer de dar
nome (e sentido) aos bois, às ruas e aos shoppings.
Lombroso poderia ser mesmo um retrato de um parente
bondoso esquecido na parede. Como dizia Humpty Dumpty,
famoso personagem de Lewis Carroll, "aquele que procura
por nomes e rótulos na maioria das vezes se engana ou
encontra um mau caminho".

Teorias dos Gêneros do Discurso : Língua e Literatura

Definição: Bakhitin (1997) chama de gênero do discurso os tipos estáveis de enunciado.





       Tipos textuais ou tipos de texto é o mesmo que genêros do discurso.


  Gêneros do discurso (estudos literários) X Tipos de texto (estudos linguísticos).


      Para estudar o discurso é necessário observar alguns critérios indispensáveis da composição de um idioma:


                  Língua: idioma, dialeto ou estilo de fala peculiar a um povo. Sistema compartilhado pelos membros de uma comunidade linguística.


               Linguagem: faculdade que possui o homem de poder expressar seus pensamentos por sistemas de signos. Linguagem verbal e não verbal.


            Discurso: tipo ou arte da comunicação. Uso restrito do sistema da língua. Pode tratar-se: de um posicionamento (discurso político); de um tipo de discurso (jornalístico, administrativo, romanesco); de produção de categoria (discurso de locutores, de enfermeiras, de mães de família); de uma função de linguagem(o discurso polêmico, o discurso persuasivo).


                   Texto ou Narrativo. 


    


                                                                                     Dominique Maingueneau




 OBS: ISSO É UMA DAS DISCIPLINAS QUE EU TENHO NA PÓS-GRADUAÇÃO.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eita povo do contra!!!

EU USO FACA, O JOSÉ SERRA. 
EU JOGO NA QUINA, O AYRTON SENNA
 
EU DISSE "MEU DEUS!", O OSWALDO CRUZ.
 
EU QUERO GUERRA, A BÁRBARA PAZ
 
EU QUEBRO PRÉDIOS, A TATI QUEBRA BARRACO
 
EU FALO BONITA, O MIGUEL FALABELA
 
EU GOSTO DO BATMAN, O LUCIANO HULCK
 
EU SOU BRASILEIRO, O RENATO RUSSO.
 
EU NÃO ESTIVE LÁ, MAS A ADRIANA ESTEVES
 
EU GOSTO DO CHAPOLIN, O HUGO CHAVEZ
 
EU ANDO DE ONIBUS, O JAMES BOND
 
EU PINTO RETRATO, O JANIO QUADROS
 
EU BEBO CAFÉ, A CLAUDIA LEITE
 
EU USO SHAMPOO SEDA, O ÉRIC JOHNSON
 
EU COMO MAÇÃ, A DANI BANANINHA
 
EU NÃO FAÇO, MAS A BETH FARIA
 
O MEU ACORDA TARDE, O SEU MADRUGA
 
EU GOSTO DE CEREJA, A CAMILA PITANGA
 
EU GOSTO DE VINHO TINTO, A DEBORA SECO
 
EU NÃO QUERIA, MAS A CASSIA KISS
 
EU ME CASO ANO QUE VEM, A MARJORIE ESTIANO
 
EU ANDO DE GOLf, O DEDÉ SANTANA
 
EU TORÇO PELO FLAMENGO, A ANA BOTAFOGO
 
EU JOGO NO VASCO, O SILVIO SANTOS.
 
EU TENHO CASA PEQUENA, O CARLOS CASAGRANDE.
 
EU JÁ VI CICLONE, A HILDA FURACÃO E O TONY TORNADO.
 
EU COMO TORRESMO, O KEVIN BACON
 
EU QUERIA ME CHAMAR FRANCISCO, O ERASMO CARLOS
 
EU VENDO XÍCARA, A GLÓRIA PIRES
 
EU SOU DO CENTRO, O MARTINHO DA VILA
 
EU SOU DA FLORESTA , A VANESSA DA MATA
  
EU USO TECLADO, O MICKEY MOUSE
 
EU ESTUDO TUBARÃO, A CLÁUDIA RAIA
 
EU PEDI CARNE, O FILIPE MASSA
 
EU GOSTO DO INVERNO, A VERA VERÃO
 
EU USO BOMBRIL, O BOB ESPONJA
 
EU CRIO GALINHA, O PAULO COELHO



MEU CABELO É PRETO, O DA BIANCA CASTANHO
  
EU FUMO CIGARRO, O CELSO PITA