sábado, 20 de fevereiro de 2010

Utilidade pública: favor repassar...Os Derrames Cerebrais - Agora existe um 4º indicador : A língua


Derrame: memorize as três primeiras letras...S.T.R.




Só leva um instante ler isto...



Disse um neurologista que se levarem uma vítima de derrame dentro das primeiras três horas, ele pode reverter os efeitos do derrame -totalmente. Ele disse que o segredo é reconhecer o derrame, diagnosticá-lo e receber o tratamento médico correspondente, dentro das três horas seguintes, o que é difícil.

RECONHECENDO UM DERRAME

Muitas vezes, os sintomas de um derrame são difíceis de identificar. Infelizmente, nossa falta de atenção, torna-se desastrosa. A vítima do derrame pode sofrer severa consequência cerebral quando as pessoas que o presenciaram falham em reconocer os sintomas de um derrame.

Agora, os médicos dizem que uma testemunha qualquer pode reconhecer um derrame fazendo à vítima estas três simples preguntas:

S* (Smile) Peça-lhe que SORRIA.

T* (Talk) Peça-lhe que FALE ou APENAS DIGA UMA FRASE SIMPLES. (com coerência)

(ex : Hoje o dia está ensolarado)

R* (Rise your arms) Peça-lhe que levante AMBOS OS BRAÇOS.

Se ele ou ela têm algum problema em realizar QUALQUER destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhe os sintomas, ou vão rápido à clínica ou hospital.

Novo Sinal de derrame - Ponha a língua fora.
NOTA: Outro sinal de derrame é este:

Peça à pessoa que ponha a língua para fora.. Se a língua estiver torcida e sair por um lado ou por outro, é também sinal de derrame.
Um cardiologista disse que qualquer pessoa que re-envie este e-mail a pelo menos 10 pessoas; pode apostar que salvará pelo menos uma vida ... Não o considere uma corrente, mas sim, algo que todos devemos saber.



Eu já cumpri a minha parte...FAÇA-O VOCÊ AGORA.



PEDOFILIA OFICIAL: CASAMENTO COLETIVO DE 450 HOMENS COM MENININHAS COM MAIS DE 4 ANOS EM GAZA

Há algum tempo atrás, eu li em algum lugar sobre uma lei que autorizava a pedofilia. Falei dessa monstruosidade para algumas pessoas, mas nunca mais soube onde eu tinha lido isso e até pensei que tivesse sido um sonho (ou melhor pesadelo). Mas acabo de receber este email confirmando aquilo que eu achei impossível ser verdade.
O mundo realmente está no fim!

Sem comentários....


PEDOFILIA OFICIAL: CASAMENTO COLETIVO DE 450 HOMENS COM MENININHAS COM MAIS DE 4 ANOS EM GAZA

A HISTÓRIA OCULTA DO MUNDO ISLÂMICO: A PEDOFILIA DO HAMA

Enquanto a imprensa exalta os "lutadores da liberdade do Hamas", os "rebeldes", o mundo desconhece uma das histórias mais SÓRDIDAS de abuso infantil, torturas e sodomização do planeta, vinda do fundo dos esgotos de Gaza: os casamentos pedófilos do Hamas, que envolvem até crianças de 4 anos. Tudo com a devida autorização da lei do islamismo radical.

Infância perdida, abuso certo: ficaremos calados?


A denúncia é do Phd Paul L. Williams e está publicada no blog thelastcrusade.org e é traduzida com exclusividade no Brasil pelo De Olho Na Mídia (ninguém mais na imprensa nacional pareceu se interessar pelo assunto).
Um evento de gala ocorreu em Gaza. O Hamas foi o patrocinador de um casamento em massa para 450 casais. A maioria dos noivos estava na casa dos 25 aos 30 anos; a maioria das noivas tinham menos de dez anos.
Grandes dignatários muçulmanos, incluindo Mahmud Zahar, um líder do Hamas foram pessoalmente cumprimentar os casais que fizeram parte desta cerimônia tão cuidadosamente planejada.
"Nós estamos felizes em dizer à América que ela não pode nos negar alegria e felicidade", Zahar falou aos noivos, todos eles vestidos em ternos pretos idênticos e pertencentes ao vizinho campo de refugiados de Jabalia.
Cada noivo recebeu 500 dólares de presente do Hamas.
As garotas na pré-puberdade (pré-puberdade?????), que estavam vestidas de branco e adornadas com maquiagem excessiva, receberam bouquets de noiva.
"Nós estamos oferecendo este casamento como um presente para o nosso povo que segue firme diante do cerco e da guerra", discursou o homem forte do Hamas no local, Ibrahim Salaf.
As fotos do casamento relatam o resto desta história repugnante.




Noivas de 4 a 10 anos e presentes de $500


O Centro Internacional Para Pesquisas Sobre Mulheres estima agora que existam 51 milhões de noivas infantis vivendo no planeta e quase todas em países muçulmanos.
Quase 30% destas pequenas noivas apanham regularmente e são molestadas por seus maridos no Egito; mais de 26% sofrem abuso similar na Jordânia.
Todo ano, três milhões de garotas muçulmanas são submetidas a mutilações genitais, de acordo com a UNICEF. A prática ainda não foi proibida em muitos lugares da América.

Nesta hora até a miséria desaparece de Gaza: carros de luxo para meninas reduzidas a lixo.

A prática da pedofilia teria base e apoio do islã. O livro Sahih Bukhari em seu quinto capítulo traz que Aisha, uma das esposas de Maomé teria seis anos quando se casou com ele e as primeiras relações íntimas ocorreram aos nove. O período de espera não teria sido por conta da pouca idade da menina, mas de uma doença que ela tinha na época. Em compensação, Maomé teria sido generoso com a menina: permitiu que ela levasse todos os seus brinquedos e bonecas para sua tenda...

Mais ainda: talvez o mais conhecido de todos os clérigos muçulmanos deste século, o Aiatóla Komeini, defendeu em discursos horripilantes a prática da pedofilia:

Um homem pode obter prazer sexual de uma criança tão jovem quanto um bebê. Entretanto, ele não pode penetrar; sodomizar a criança não tem problema. Se um homem penetrar e machucar a criança, então ele será responsável pelo seu sustento o resto da vida. A garota entretanto, não fica sendo contada entre suas quatro esposas permanentes. O homem não poderá também se casar com a irmã da garota... É melhor para uma garota casar neste período, quando ela vai começar a menstruar, para que isso ocorra na casa do seu marido e não na casa do seu pai. Todo pai que casar sua filha tão jovem terá assegurado um lugar permanente no céu.

Esta é a história que a mídia não conta, que o mundo se cala e não quer ver, ou que não querem que você saiba.

Mas agora você está ciente, não tem mais jeito! Vai ficar calado? Cobre os veículos de mídia, aja! Se você não fizer nada, ninguém poderá salvar estas vítimas inocentes do inferno do Hamas e similares.


FAÇAM CIRCULAR ESTA ...., É UMA VERGONHA!!!





terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O planejamento prévio do trabalho pedagógico

O planejamento prévio do trabalho pedagógico


Rosaura Soligo



A adequada escolha dos textos e das atividades de leitura e escrita



Defender a importância do trabalho pedagógico com a diversidade textual na alfabetização não significa considerar que os alunos possam realizar todo tipo de atividade com qualquer tipo de texto.8 É preciso ter critérios de seleção, considerando, por exemplo: a complexidade do texto, o nível de dificuldade da atividade em relação ao texto escolhido, a familiaridade dos alunos com o tipo de texto, a adequação do conteúdo à faixa etária e a adequação dos textos selecionados e da proposta de atividade às necessidades de aprendizagem dos alunos.

Os textos mais adequados para o trabalho pedagógico de alfabetização – isto é, aqueles que favorecem a reflexão dos alunos não-alfabetizados sobre as características e o funcionamento da escrita – são os que oferecem a eles situações possíveis de leitura e escrita.

Sem dúvida, essas situações serão difíceis para esses alunos, uma vez que ainda não estão alfabetizados, mas precisam representar um desafio possível: evidentemente, um indivíduo que não sabe ainda ler e escrever só pode ser solicitado a fazer isso se a tarefa proposta estiver – ainda que parcialmente – dentro de suas possibilidades, se ele achar que pode tentar e conseguir... Como se sabe, as atividades de leitura e escrita serão desafiadoras se forem ao mesmo tempo difíceis e possíveis.

Atividades de leitura: para isso são adequados os textos em que os alunos podem utilizar estratégias de leitura que não se restrinjam à decodificação – o fato de não estarem ainda alfabetizados significa justamente que ainda não sabem decodificar inteiramente a escrita. Essas estratégias (de seleção, antecipação, inferência e verificação) são utilizadas em situações em que eles têm informações parciais sobre o conteúdo do texto e podem utilizar tudo que sabem para descobrir o que está escrito. Por exemplo, sabem que se trata de uma lista de títulos de histórias lidas pelo professor para a classe, e devem encontrar onde está escrito cada título. Ou sabem que o texto é uma receita, e devem descobrir quais são os ingredientes. Ou que é uma história em quadrinhos com personagens conhecidos, e devem achar os nomes de alguns deles. Ou que são as instruções de um jogo que conhecem bem, e devem encontrar uma ou outra...

Para esse tipo de atividade, são adequados os seguintes textos: listas (de animais, frutas, cores, brinquedos, títulos, nomes etc), receitas, histórias em quadrinhos curtas, regras de jogos conhecidos, bilhetes curtos em que se tenha uma informação geral sobre o conteúdo...

Há também situações em que é possível realizar atividades de leitura sem estar alfabetizado, até mesmo quando não se conhece o valor sonoro convencional das letras, quando não se pode contar com a ajuda que esse conhecimento oferece nas atividades em que a proposta é “ler sem ainda saber ler”. É o caso de textos que os alunos sabem de cor (não a escrita deles, mas o conteúdo), em que a tarefa é descobrir o que está escrito em cada parte, tendo apenas a informação do que trata o texto (por exemplo: “Esta é a música Pirulito que bate-bate”), onde começa e onde termina. São os poemas, quadrinhas, parlendas, adivinhas, cantigas de roda, canções populares, diálogos canônicos de contos clássicos, desde que sejam conhecidos (como, por exemplo, “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?” ou “– Que olhos tão grandes você tem, vovó! / – São para te ver melhor! Que orelhas tão grandes você tem, vovó! / – São para te ouvir melhor!”, entre outros). A tarefa de ler esses textos obriga os alunos a ajustar o que sabem que está escrito com a escrita, pondo em uso tudo que sabem a respeito. A seu favor eles têm a disposição gráfica do texto em versos, o que permite que se orientem para descobrir “onde está escrito o quê”.

Em qualquer tipo de situação, o aluno deve pôr em uso todo o conhecimento que possui sobre a escrita e receber informações parciais sobre o conteúdo que tornem a atividade proposta um desafio compatível com suas possibilidades.

No caso da alfabetização de adultos, evidentemente os textos oferecidos para leitura devem ser pertinentes à faixa etária e aos interesses do grupo: músicas de seu repertório no lugar de cantigas de roda, provérbios e “frases de caminhão” no lugar de parlendas infantis, e assim por diante.

Atividades de escrita: se considerarmos que os alunos não-alfabetizados podem escrever de acordo com suas próprias hipóteses, isso significa que supostamente poderiam escrever qualquer tipo de texto, desde que não seja esperado que o façam convencionalmente. De qualquer forma, não é apropriado, por exemplo, solicitar a escrita de um texto longo que vá oferecer grandes dificuldades, sendo que não se obterá como resultado uma escrita convencional. São mais adequados trechos de histórias conhecidas, bilhetes, cartas curtas, regras de jogo, além dos demais textos indicados acima, para as atividades de leitura.

A prática pedagógica tem demonstrado que, quando se pretende trabalhar com a diversidade textual nas classes de alfabetização, nas situações em que se lê para os alunos praticamente todo gênero é adequado, desde que o conteúdo possa interessar, pois o professor atua como mediador entre eles e o texto. Mas se o texto se destinar à leitura pelos próprios alunos é preciso considerar suas reais possibilidades de realizar a tarefa, para que o desafio não seja muito difícil. Se a situação for de produção oral do texto, há que se considerar que, em princípio, os alunos não-alfabetizados podem produzir quaisquer gêneros, desde que tenham bastante familiaridade com eles, seja por meio da leitura feita pelo professor ou por outros leitores. E quando se trata de produzir textos por escrito, isto é, de escrever textos de próprio punho, as possibilidades se restringem, pois a tarefa requer a coordenação de vários procedimentos complexos relacionados tanto com o planejamento do que se pretende expressar quanto com a própria escrita.

É preciso, portanto, saber o que se pode propor aos alunos em cada caso: quando o professor lê para eles, quando eles próprios é que têm de ler, quando produzem os textos sem precisar escrever e quando precisam escrever eles próprios.

Além disso, é importante considerar que há uma série de variações que se pode fazer nas atividades de uso da língua que permitem contar com diferentes propostas a partir de situações muito parecidas, que se alteram apenas em um ou outro aspecto. Essas variações podem ser de:

• material (lápis, caneta...), instrumento (à mão, à máquina, no computador...) e suporte (em papel comum ou especial, na lousa, com letras móveis...);

• tipo de atividade: escutar, ler, escrever, recitar, ditar, copiar etc.;

• unidade lingüística (palavra, frase, texto);

• tipo (gênero) de texto;

• modalidade (oralmente ou por escrito);

• tipo de registro ou de instrumento utilizado (com ou sem gravador, com ou sem vídeo, ou por escrito);

• conteúdo temático (sobre o quê);

• estratégia didática (com ou sem preparação prévia, com ou sem ajuda do professor, com ou sem consulta...);

• duração (mais curta, mais longa...) e freqüência (pela primeira vez, freqüentemente...);

• tamanho e tipo de letra;

• circunstância, destino e objetivo (quem, onde, quando, de que modo, a quem, para que... etc.);

• tipo de agrupamento (individual, em dupla, em grupos maiores);

• com ou sem algum tipo de restrição explícita (sem erros, com pontuação, com letra bonita, com separação entre palavras etc.)”.10

“Uma atividade se transforma em outra se, por exemplo, de individual passa a ser em dupla ou realizada com toda a classe – e vice-versa. O mesmo ocorre se for feita com ajuda ou sem ajuda, com ou sem consulta, com ou sem rascunho, de uma só vez ou em duas ou mais vezes, no caderno ou em papel especial, para ser exposto num mural, com letras móveis, com cartões, na lousa, no computador ou escrito a lápis...

Quando se acredita que a alfabetização é um processo que se desenvolve a partir da análise e da reflexão que o aluno faz sobre a língua, não há muito o que ‘inventar’ em relação às situações de ensino e aprendizagem. As atividades específicas de reflexão sobre o sistema de escrita, como já se discutiu em vários momentos, devem basicamente se constituir em contextos de uso dos conhecimentos que os alunos possuem, de análise das regularidades da escrita, de comparação de suas hipóteses com a dos colegas e com a escrita convencional, de resposta a desafios, de resolução de problemas...”11



Escolha da forma de organização dos conteúdos



Além da seleção dos conteúdos a serem trabalhados e do tipo de atividade específica que será proposto, há ainda outra importante decisão pedagógica, relacionada ao tratamento dos conteúdos: a depender dos objetivos que se tem, eles podem ser trabalhados na forma de “atividades permanentes, atividades seqüenciadas, atividades de sistematização, atividades independentes ou projetos”.12

Atividades permanentes são as que acontecem ao longo de um determinado período de tempo, porque são importantes para o desenvolvimento de procedimentos, de hábitos ou de atitudes. É o caso de atividades como: leitura diária feita pelo professor; roda semanal de leitura; oficina de produção de textos; hora das notícias; discussão semanal dos conhecimentos adquiridos etc.

Atividades seqüenciadas são as planejadas em uma seqüência encadeada: o que vem a seguir depende do que já foi realizado (e aprendido) anteriormente. Por exemplo: atividades para alfabetizar, para ensinar a produzir textos de um determinado gênero, para ensinar ortografia ou o uso de certos recursos gramaticais etc.

As atividades de sistematização, embora não decorram de propósitos imediatos, têm relação direta com os objetivos didáticos e com os conteúdos: são atividades que se destinam à sistematização dos conteúdos já trabalhados.

As atividades independentes são aquelas que não foram planejadas a priori, mas que fazem sentido num dado momento. Por exemplo: “em algumas oportunidades, o professor encontra um texto que considera valioso e compartilha com os alunos, ainda que pertença a um gênero ou trate de um assunto que não se relaciona às atividades previstas para o período. E, em outras ocasiões, os próprios alunos propõem a leitura de um artigo de jornal, um poema, um conto que os tenha impressionado e que o professor também considera interessante ler para todos. Nesses casos, não teria sentido nem renunciar à leitura dos textos em questão, pelo fato de não ter relação com o que se está fazendo no momento, nem inventar uma relação inexistente”.

Os projetos são situações didáticas em que o professor e os alunos se comprometem com um propósito e com um produto final: em um projeto, as ações propostas ao longo do tempo têm relação entre si e fazem sentido em função do produto que se deseja alcançar. É o caso de atividades como jogral, dramatização, apresentação pública de leitura, produção de livro, de jornal, de texto informativo e outras similares”.

“Uma proposta pedagógica que privilegia o trabalho com projetos, se justifica por princípios que se expressam em necessidades de natureza didática: a compreensão do aluno enquanto sujeito da própria aprendizagem; a elaboração junto com os alunos de propostas a serem implementadas na classe; a construção de algumas certezas compartilhadas e a discussão de muitas incertezas (o que permite maior compreensão da natureza de um empreendimento coletivo e melhor relacionamento entre o grupo); a contextualização das propostas de ensino, considerando que a aquisição de conhecimento é sempre mediada pelo modo de aprender dos alunos e pelo modo de ensinar dos professores; a máxima aproximação entre “versão escolar” e “versão social” do conhecimento, o que requer o planejamento de situações escolares à semelhança das práticas sociais (com o cuidado de não produzir simplificações ou distorções nos conhecimentos a serem trabalhado); o fato de a ação educativa ter que responder ao mesmo tempo a objetivos de ensino e objetivos de realização do aluno – nem sempre coincidentes”.

Entretanto, a defesa dos projetos como modalidade privilegiada de organização dos conteúdos escolares não significa que tudo possa ser abordado por meio de projetos. É tarefa do professor identificar qual a melhor forma de abordar o que deve ensinar aos alunos: há conteúdos que não demandam um tratamento por meio de projetos, há conteúdos que não têm uma contextualização possível, há conteúdos que precisam ser sistematizados, e outros não, há conteúdos que são recorrentes em toda a escolaridade, e outros circunstanciais... O fundamental é saber que os conteúdos escolares são ensinados para que os alunos desenvolvam diferentes capacidades (ou seja, estão a serviço dos objetivos do ensino): a forma de abordá-los deve ser aquela que melhor atende ao propósito de desenvolver essas capacidades.

A difusão e a defesa de propostas de ensino apoiadas em projetos de trabalho acabaram por criar no Brasil, nos últimos anos, uma concepção equivocada de que todas as situações de ensino e aprendizagem que têm lugar na sala de aula deveriam ser relacionadas, de alguma forma, com projetos em curso na série. Freqüentemente, observamos formadores e professores demonstrando grande preocupação com questões do seguinte tipo: “Em que projetos essas atividades estariam contextualizadas?”, “Essas atividades não seriam ‘soltas’ demais?”, e assim por diante. Ou seja, a preocupação metodológica de contextualizar as propostas de ensino e aprendizagem em projetos assumiu uma importância maior do que o atendimento dos objetivos que expressam as capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam. Por exemplo: se o objetivo é que os alunos escrevam de forma adequada sob todos os aspectos, depois que estiverem alfabetizados será necessário ensinar conteúdos ortográficos (como a tematização de regras que permitam compreender as razões do uso de mp, mb, rr, r, ss, s etc.). Se as atividades propostas nos projetos de escrita, que demandam revisão dos textos produzidos pelos alunos, não forem suficientes para garantir progressivamente a compreensão dessas normas ortográficas, será necessário realizar atividades de sistematização que por certo não estarão vinculadas a um projeto específico.



Da mesma forma, algumas atividades de reflexão sobre a escrita para aprender a ler e escrever não têm lugar em projeto algum: são necessárias porque atendem a determinados objetivos em relação à alfabetização dos alunos. Não há problema pedagógico algum no fato de serem eventualmente “descontextualizadas” dos projetos da série. É o caso das atividades permanentes de leitura e escrita que devem estar garantidas na rotina diária do professor: quando os alunos ainda não estão alfabetizados – e acreditamos que é por meio de atividades de reflexão sobre a escrita que eles vão avançar em seus conhecimentos, e sabemos que a reflexão é um procedimento que para ser aprendido precisa ser exercitado com freqüência – garantiremos atividades de alfabetização pautadas na reflexão sobre a escrita todos os dias, independente de estarem ou não contextualizadas em um ou outro projeto da série.

A lógica curricular que nos parece mais adequada é a seguinte: objetivos definem conteúdos e estes definem o tratamento metodológico que será dado aos conteúdos, para garantir da melhor forma possível a conquista dos objetivos. Não faz sentido que a opção metodológica seja anterior à definição dos objetivos (as capacidades que se pretende desenvolver) e dos conteúdos (o que ensinar para tanto).



Planejamento de uma rotina de trabalho pedagógico



A rotina do trabalho pedagógico concretiza, na sala de aula, as intenções educativas que se revelam na forma como são organizados o tempo, o espaço, os materiais, as propostas e intervenções do professor. Por essa razão, a rotina que estabelecemos para a classe é também uma situação de ensino e aprendizagem, a despeito de não ser necessariamente planejada como tal.

Se, por exemplo, a leitura é realizada apenas uma vez ou outra, na semana de trabalho, e a escrita é uma atividade freqüente, o que estamos ensinando para os alunos – involuntariamente – é que a escrita é mais importante do que a leitura. Se o trabalho com as áreas de História, Geografia e Ciências ocorre apenas nas semanas que antecedem a avaliação bimestral, estamos ensinando é que os conteúdos dessas áreas servem apenas para estudar às vésperas da prova. Se todos os dias há atividades de ditado e cópia, estamos ensinando que é por meio do ditado e da cópia que se aprende a escrever. E assim por diante... Nossas concepções inevitavelmente se expressam na priorização das atividades propostas na sala de aula, na forma como agimos durante as atividades e no uso que fazemos do tempo.

Para organizar uma rotina semanal do trabalho pedagógico, é fundamental definir previamente: todas as áreas a serem trabalhadas, a freqüência com que serão trabalhadas (por exemplo: Língua Portuguesa todos os dias, com duração de 90 minutos etc.); a melhor forma de tratar didaticamente os conteúdos (projetos, atividades permanentes, atividades seqüenciadas...); os textos e os tipos de atividade a serem propostos durante a semana (tanto na sala de aula como em casa), e a respectiva freqüência.

Só então será possível distribuir tudo isso no tempo disponível durante uma semana de trabalho, estabelecendo as devidas prioridades. A forma de organizar a rotina semanal que tem se mostrado mais prática é por meio de uma tabela de dupla entrada com espaço para indicar todas as propostas planejadas para cada dia da semana.



Organização da classe em função dos objetivos da atividade e das possibilidades de aprendizagem dos alunos



“Como bem sabemos, a diversidade é inevitável na sala de aula: teremos sempre alunos com níveis de compreensão e conhecimento diferentes e, por isso, é preciso conhecer, analisar e acompanhar o que eles produzem, para adequar as propostas, considerando os ritmos e as possibilidades de aprendizagem, cuidando para que ‘a música não vibre alto demais’, ou que sequer seja ouvida por eles” (M1U5T4). Nesse sentido, o desafio é conhecer o que eles pensam e sabem sobre o que se pretende ensinar (o que indica suas reais possibilidades de realizar as tarefas), para poder lançar problemas adequados às suas necessidades de aprendizagem.

Considerando que, inevitavelmente, as classes são sempre heterogêneas, há três tipos de organização do trabalho pedagógico, para situações de atividade tanto individual como em parceria: momentos em que todos os alunos realizam a mesma proposta; momentos em que, diante de uma mesma proposta ou material, realizam tarefas diferentes; e momentos de propostas diversificadas, em que os grupos têm tarefas diferentes em função do que estão precisando no momento.

A opção por organizar ou não os alunos em duplas, grupos de três ou de quatro, em um único grupo que reúne toda a classe, ou individualmente, depende especialmente dos objetivos da proposta e do grau de familiaridade dos alunos com ela. Se o tipo de proposta não é familiar, possivelmente será preciso que o professor realize uma (ou mais vezes) a atividade com todo o grupo de alunos, dando as necessárias explicações e ensinando os procedimentos. Depois, quando a proposta for de que os alunos realizem a tarefa por si mesmos, em grupo ou individualmente, será preciso que o professor funcione como parceiro experiente, dando grande assistência a todos (porque estão aprendendo a trabalhar com uma proposta nova). E, por fim, depois que se apropriaram do tipo de proposta e dos respectivos procedimentos, os alunos certamente precisarão de menos auxílio do professor.

Vejamos um exemplo: se é a primeira vez que propomos uma atividade de leitura aos alunos não-alfabetizados, provavelmente eles vão dizer que não sabem, ou não podem fazer, porque não sabem ler. Será necessário, então, que façamos na lousa com eles, problematizando alguns aspectos que lhes permitam usar seus conhecimentos e se conscientizar de que conseguiram “ler sem saber ler”, mostrando que se trata de um desafio possível, sugerindo possibilidades, oferecendo algumas pistas e coisa que o valha.

Se, por um lado, esse tipo de situação requer o grupo todo atento à intervenção do professor, as situações de avaliação da competência pessoal dos alunos exigem atividades individuais. Em caso contrário, como o professor poderá identificar o que cada um de seus alunos sabe, se estavam trabalhando com outros colegas?

No caso das atividades cotidianas, entretanto, a prática tem mostrado que o trabalho em colaboração é muito mais produtivo para a aprendizagem dos alunos: especialmente as duplas (mas também os trios e grupos de quatro) têm se revelado uma boa opção, se os critérios de agrupamento forem adequados. Esse tipo de agrupamento favorece que os alunos socializem seus conhecimentos, permitindo-lhes confrontar e compartilhar suas hipóteses, trocar informações, aprender diferentes procedimentos, defrontar-se com problemas sobre os quais não haviam pensado... Entretanto, como sabemos, o fato de estarem sentados juntos não garantirá que trabalhem coletivamente. É preciso criar mecanismos que os ajudem a aprender esse importante procedimento, que é o trabalho em colaboração de fato: por exemplo, em algumas situações, pode-se oferecer uma única folha para a realização da tarefa; em outras, definir claramente qual o papel de cada aluno na dupla ou no grupo, e assim por diante. Em qualquer caso, até aprenderem a trabalhar juntos, terão de contar com muita ajuda do professor.

Quando a opção for por trabalho em parceria, para organizar os agrupamentos é preciso considerar os objetivos da atividade proposta, o conhecimento que os alunos possuem e a natureza da atividade. “As interações, os agrupamentos, devem ser pensados tanto do ponto de vista do que se pode aprender durante a atividade como do ponto de vista das questões que cada aluno pode ‘levar’ para pensar. Um outro fator importante a considerar, além do conhecimento que os alunos possuem, são suas características pessoais: seus traços de personalidade, por um lado, e a disposição de realizar atividades em parceria com um determinado colega, por outro. Às vezes, a tomar pelo nível de conhecimento, a dupla poderia ser perfeita, mas o estilo pessoal de cada um dos alunos indica que é melhor não juntá-los, pois o trabalho tenderia a ser improdutivo.” (M1U5T4)



Definição do tipo de ajuda pedagógica que será oferecida aos alunos e dos grupos específicos que serão acompanhados mais de perto



Além de contribuir com a aprendizagem ao selecionar conteúdos pertinentes, planejar atividades adequadas e formar agrupamentos produtivos, o professor também tem um papel fundamental durante a realização da atividade – ao circular pela classe e colocar perguntas que ajudam os alunos a pensar, problematizar as respostas dadas por eles, pedir que um ou outro leia algo aos demais, apresentar informações úteis e, sempre que for apropriado, socializar as respostas, questionar e discutir como foram encontradas. Para funcionar assim, como um parceiro que ajuda a aprender, precisa estar atento aos procedimentos utilizados pelos alunos para realizar as tarefas propostas e aos conhecimentos que revelam enquanto trabalham.

O professor sabe que é impossível acompanhar de perto todos os alunos a cada dia: é preciso distribuir esse tipo de acompanhamento ao longo das semanas. Tendo isso em conta, será muito útil para ele a manutenção de um instrumento de registro no qual coloque a data, o nome dos alunos que foram observados mais criteriosamente naquele dia, o tipo de questões colocadas/reveladas por eles etc. Ou seja, uma espécie de “mapa”, que facilita a documentação das informações em relação à aprendizagem e ao desempenho dos alunos, além de permitir o planejamento da intervenção junto a todos.

“Sabemos que o professor é um informante privilegiado na sala de aula, mas não é o único: se as atividades e os agrupamentos forem bem planejados, os alunos também aprenderão muito uns com os outros, mesmo que o professor não consiga intervir diariamente com cada um. Por outro lado, vale lembrar que a possibilidade de circular pela classe fazendo intervenções é facilitada pelo trabalho em grupo – quando se tem uma classe numerosa, com todos trabalhando individualmente, é muito mais difícil intervir com cada um e, ao mesmo tempo, ‘controlar’ a classe. Se o professor tem, por exemplo, 36 alunos divididos em 18 duplas que já sabem trabalhar em parceria, será preciso ‘controlar’ 18 agrupamentos que tendem a funcionar bem, e não 36 alunos que o tempo todo requisitam apenas o professor. De mais a mais, com 18 duplas, é perfeitamente possível intervir com todas a cada uma ou duas semanas, no máximo – o que significa acompanhar mais de perto cerca de três agrupamentos por dia.” (M1U7T3)

Mas às vezes se faz necessário, além disso, montar um esquema de apoio pedagógico mais sistemático e intensivo com os alunos cujo desempenho está se distanciando da média da classe. É o que chamamos de “apoio pedagógico”.

Em qualquer experiência educativa, os alunos se desenvolvem de forma e em ritmos distintos entre si. A função principal da avaliação é justamente identificar as ajudas específicas que cada um necessita ao longo de seu processo de aprendizagem. Há aqueles que, dependendo da dificuldade que apresentam e/ou da natureza do conteúdo ensinado, precisam apenas de uma explicação dada de outra forma, ou de um pouco mais de empenho, ou de maior exercitação em atividades suplementares. Mas há alunos que requerem uma intervenção pedagógica complementar – seja pelo tipo de dificuldade apresentada, pela natureza do conteúdo, ou pelas duas razões.

De modo geral, a resposta encontrada para essa questão nas escolas públicas é a recuperação final (do semestre ou do ano letivo) ou, no caso de muitas escolas privadas, a solicitação de acompanhamento por um professor particular. Entretanto, é papel da própria escola oferecer acompanhamento permanente aos alunos com desempenho insatisfatório, pois a recuperação final não garante uma intervenção pedagógica mais específica ao longo do processo de ensino e aprendizagem.

Nesse sentido, há duas propostas que consideramos mais adequadas: o apoio pedagógico permanente na sala de aula (que muitos educadores chamam de “recuperação paralela”) e o grupo de apoio pedagógico extra-classe. Nos dois casos, o trabalho só faz sentido se for planejado em função das dificuldades apresentadas pelos alunos.

O apoio pedagógico permanente é dado dentro do horário escolar, em algumas aulas semanais (geralmente de abril a novembro), sempre que possível pelo professor titular da classe em parceria com outro colega. O professor também pode fazer isso sozinho – vai dar um pouco mais de trabalho, mas não é algo muito difícil.

O grupo de apoio pedagógico extra-classe pode acontecer mais ou menos na mesma época, fora do período de aulas, direcionado para os alunos em relação aos quais o professor identificar a necessidade de acompanhamento mais sistemático, além do realizado na própria classe, durante as aulas. O grupo deve ser formado por poucos alunos e ter a proposta de trabalho especialmente planejada pelo professor da classe, ou por quem for coordenar o grupo (se não for o próprio professor), e pelo profissional responsável pela coordenação pedagógica da escola. A periodicidade, a carga horária e os conteúdos a serem trabalhados se definem em função das demandas.

Esse tipo de trabalho tem se mostrado fundamental por várias razões, das quais destacamos duas:

• Representa uma possibilidade privilegiada do professor investigar as causas das dificuldades dos alunos, pelo fato de atender a um grupo reduzido, o que favorece o planejamento de intervenções didáticas que incidam nas causas (e não nos efeitos) dos problemas apresentados.

• Configura um espaço de investigação psicopedagógica: além de seu valor em si mesmo, o trabalho de apoio pedagógico funciona como uma espécie de “laboratório”, cujo resultado pode contribuir para a aprendizagem de todos os alunos. Se o professor levar à discussão com seus pares e com a coordenação pedagógica o que observar, investigar e concluir a respeito dos motivos de certas dificuldades, isso favorecerá o planejamento de intervenções adequadas que, por sua vez, poderão ser adotadas em classe, com os demais alunos.

No entanto, esse tipo de trabalho requer um contrato didático muito claro, para que os alunos (e mesmo os pais) entendam com clareza seus reais objetivos: assim será possível evitar que se considere que é uma proposta para “reforçar alunos fracos”, como acontece em algumas escolas.



Antecipação das eventuais dificuldades dos alunos decorrentes do grau de familiaridade com a proposta

O conhecimento do conceito de contrato didático e a possibilidade de analisar as questões implicadas na relação professor-aluno-conhecimento são condições que nos permitem antecipar dificuldades e, conseqüentemente, planejar intervenções pedagógicas adequadas.

A familiaridade com a proposta de atividade é um aspecto sobre o qual precisamos refletir com muita seriedade. Vejamos por quê.

Tudo que propomos aos alunos pela primeira vez, ou apenas esporadicamente, pode “não dar certo”. Se não tivermos essa clareza, jamais introduziremos inovações na prática pedagógica; o “novo” requer um tempo de adaptação (que nem sempre ocorre de forma tranqüila e harmoniosa), além de persistência, paciência e firmeza de nossa parte para fazer os alunos se familiarizarem com o que está sendo proposto, em uma renegociação do contrato didático até então existente.

Quando sempre se trabalhou com os alunos separados, em carteiras individuais, e se pretende desenvolver atividades com agrupamentos, certamente eles precisarão algumas semanas para se habituar à nova forma de organização da classe. Quando nunca se propôs que os alunos escrevam textos (principalmente se ainda não estão alfabetizados), e isso passa a acontecer na sala de aula, eles provavelmente vão ter dificuldade para se adaptar à “novidade”.

Quando muitos alunos da classe estão acostumados a fazer ditado e cópia diariamente, tenderão a reivindicar que essas atividades sejam realizadas com freqüência e resistirão às propostas em que precisem pensar muito, explicitar os procedimentos utilizados, ouvir os colegas e levar em conta seus pontos de vista para realizar uma tarefa comum. E assim por diante.

Por serem humanos, tanto os professores quanto os alunos tendem a resistir ou desconfiar do novo, em um primeiro momento... O habitual é mais confortável que o desconhecido, e a familiaridade é uma relação construída em um processo muitas vezes demorado. Essa visão de processo pode nos ajudar a compreender por que as coisas nem sempre saem conforme o planejado, e a saber como proceder para introduzir propostas com as quais os alunos não estão familiarizados.



A definição da consigna



Temos chamado de consigna à forma de fazer uma determinada proposta aos alunos.

Alguns educadores preferem chamar esse tipo de enunciado de “comanda”, ou mesmo de enunciado. O nome, na verdade, não importa: trata-se de uma instrução geralmente acompanhada de algumas orientações relacionadas à execução de uma dada tarefa, feita oralmente, por escrito, ou das duas formas.

Muitas vezes, o resultado inadequado de uma proposta é fruto de uma consigna malfeita ou confusa, principalmente quando os alunos não têm muita familiaridade com o que está sendo solicitado.

Vejamos como exemplo uma consigna feita oralmente:



“Vocês devem reescrever, em duplas, a história ‘Os três porquinhos’, um ajudando o outro, procurando fazer tudo da melhor maneira possível.”



Uma orientação aparentemente clara e precisa como essa pode ter um resultado totalmente inesperado. A idéia de um ajudar o outro e fazer tudo da melhor maneira possível pode ser entendida como “para ficar um bom trabalho, quem sabe mais deve ajudar quem sabe menos” – e, se for assim, o aluno considerado menos sabido pode ficar com uma participação totalmente passiva durante a atividade.

Muitas das provas externas aplicadas nas salas de aula desconsideram essa variável: não basta os alunos terem familiaridade com as propostas em si; é preciso que também conheçam o tipo de enunciado que explica o que é para ser feito. Quando temos consciência das variáveis que interferem nos resultados das propostas apresentadas aos alunos, fica mais fácil compreender o que pode estar por trás desses resultados.

A certeza de que aquele que ouve ou lê pode não compreender exatamente o que foi dito, oralmente ou por escrito, deve ter como conseqüência uma atenção maior de nossa parte, bem como a consciência de que podemos ser mal interpretados mesmo que julguemos dar uma orientação totalmente clara – afinal, a compreensão da consigna é a compreensão não só do que deve ser feito, mas também de algumas intenções implícitas do professor... Circular pela classe, observando como os alunos realizam as tarefas propostas é uma forma de verificar se as orientações foram bem compreendidas e, quando não, corrigir a falha em tempo.





PLANEJAMENTO ANUAL PLANEJAMENTO PERIÓDICO PLANEJAMENTO DA ROTINA

(geralmente semanal ou quinzenal) PLANEJAMENTO DIÁRIO

OBJETIVOS Capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam – os porquês dos conteúdos do ensino propostos para o ano Capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam indicadas por bimestres, trimestres ou semestres Nesse caso, nem sempre são indicados os objetivos, pois o que mais importa é definir em detalhes o que vai ser ensinado Nem sempre são indicados os objetivos e conteúdos, pois o que mais importa é detalhar as propostas de atividade

CONTEÚDOS O que vai ensinar, em linhas gerais, para que as capacidades indicadas como objetivos possam se desenvolver O que se vai ensinar desdobrado em períodos menores Conteúdos que serão trabalhados durante a quinzena ou semana

TRATAMENTO DIDÁTICO DOS CONTEÚDOS Modalidades privilegiadas para organizar o que vai ser ensinado – atividades permanentes, atividades sequenciadas, atividades de sistematização e projetos Modalidades privilegiadas para organizar o que vai ser ensinado nos diferentes períodos do ano e indicação de alguns tipos de atividade que favorecem a abordagem dos conteúdos Atividades mais adequadas para trabalhar com os conteúdos Detalhamento das atividades, das intervenções, dos agrupamentos e de outros aspectos que se mostrem necessários, caso isso não tenha ainda sido feito no momento da organização da rotina semanal

 Necessidade de pensar em objetivos que sejam flexíveis, e não fixos, rígidos, ‘congelados’ para uma faixa etária.

 Caráter provisório e flexível do planejamento – planeja-se muito bem para ‘enquadrar a realidade’ no planejamento, mas para poder ter o maior controle possível do que ocorre quando se está com as crianças e para fazer a gestão do trabalho com a maior qualidade possível. É claro que o inusitado está sempre presente no trabalho pedagógico e que temos dos objetivos que torna possível reorientar nossas atividades em função das necessidades de aprendizagem que as crianças vão apresentando no processo.

 Um plano pode ser burocrático se sua finalidade for apenas atender a uma exigência de registro, de documentação. Para ser de fato funcional, útil, otimizador do trabalho tem que ajudar o professor a antecipar suas ações, pensar nas diferentes e possíveis respostas à sua proposta.

 Planejamento do trabalho de cada dia: para entrar em sala, é preciso pensar na organização do espaço, no tempo de cada atividade planejada, nos materiais necessários, na quantidade adequada de material para todos trabalharem com certo conforto e autonomia, que tipo de agrupamentos se vai propor, etc.

INSTITUTO JAPI DE ENSINO SUPERIOR

INSTITUTO JAPI DE ENSINO SUPERIOR


PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA – TEIA DO SABER

A construção do olhar

A visão nos impregna com emoções desde os primeiros momentos de vida pós-uterina, quando aprendemos a reconhecer o afeto no sorriso materno; quando reconhecemos objetos. Assim, tudo que vemos acaba, mais cedo ou mais tarde, se transformando em "vivência", ou "referência de aprendizado". Não precisamos estar dentro de um prédio em chamas para compreendermos — e nos desesperarmos com — um incêndio, mas essa compreensão é muito mais fácil se já assistimos, ainda que em filmes ou fotos, às cenas do fogo consumindo matéria, labaredas ao vento, golfadas de fumaça e vapor.

Da mesma forma, uma pessoa nascida nas montanhas, que jamais tenha visto mais água do que no chafariz da cidade — ou no pequeno riacho sob o pontilhão — por mais que tenha lido O velho e o mar, Moby Dick ou a Odisséia, não poderá compreender a imensidão azul.

O olhar nos ajuda a construir nossas referências de vida e de mundo.

Por isso somos induzidos a acreditar no que vemos de forma tão contundente: uma imagem, como dizem os chineses, vale por mil palavras.

Mas nem tudo que vemos traz uma verdade intrínseca. Como bem lembrou Darcy Ribeiro em seu ensaio Sobre o óbvio, todos os dias assistimos ao nascer do sol de um lado da terra a ao seu ocaso do outro, nos ensinando o óbvio: o sol gira em torno da terra.

Esse ponto de vista perdurou por milênios. Fez os gregos criarem o deus-sol Apolo, por exemplo, que cruzava os céus em sua carruagem de fogo, e fez também com que, por uma eternidade, se acreditasse que a terra fosse o centro do universo. Então, a se confiar no que vemos, certamente poderemos nos equivocar.

Os olhos são chamados de "janelas da alma" porque revelam o nosso interior. Mas também deveriam sê-lo porque é por seu intermédio que entra a maior parte daquilo que impregna e constrói a nossa essência. Jamais duas pessoas verão a mesma coisa da mesma forma, assim como uma pessoa simplória certamente verá muito pouco ao seu redor, além dos indícios e ícones dispostos pela natureza. Por isso, quanto melhor for a nossa forma de ver, melhor será o nosso estofo.

Um olhar atento pode não nos levar longe, mas fará uma enorme diferença. Alguns dos grandes avanços do conhecimento humano foram frutos de observações casuais, como a de Galileu Galilei contemplando um pêndulo dentro de uma igreja, ou Isaac Newton deitado debaixo de uma macieira.

É claro que esses olhares atentos estavam instrumentados por filtro poderoso: informação. Informação faz a diferença. Não só a informação técnica que embasa todo conhecimento científico, mas informação de qualquer espécie. Recentemente, em meio à comoção que nos arrebatou com as tsunamis asiáticas, chamou a atenção de todos o fato de que uma estudante de 10 anos salvou um grupo enorme de pessoas porque estudara, dias antes, o fenômeno e, assim, pôde ler o refluxo da maré com seu significado mais possível. Está claro que ela tinha alguma informação, mas também está claro que não era um tratado sobre a mecânica dos fluidos, nem sobre a movimentação das marés. Era apenas uma informação escolar sobre fenômenos da natureza. Quantos outros puderam enxergar dessa forma aquele indício sinistro?

"Construir o olhar", portanto, é emprestar juízo de valor às coisas que vemos.

E não deixa de ser interessante o fato de que, exatamente porque podemos "ler" em outras superfícies além dos códigos alfabéticos, também possamos "escrever" através delas. Lembro-me imediatamente, por exemplo, dos velhos filmes de Tarzan, quando, do nada, um tum-tum, tum-tum ia logo anunciando encrenca. Não era às vistas, mas era aos ouvidos.

Essa é uma primeira e básica possibilidade de escrita — ou atribuição de significados — com outras linguagens. Que na verdade são códigos não lingüísticos, mas ainda são códigos.

A coisa começa a complicar quando os objetos simples do dia-a-dia se emprenham de significados intrínsecos e superpostos e começam a dar referências múltiplas de valores e conteúdos. Uma sigla; uma fotografia; uma publicação; um edifício; uma cidade inteira... Essa leitura e escrita complexa requerem olhares complexos. Como a informação, de um modo geral, é transmitida e acumulada através da escrita e da arte, qualquer projeto de construção do olhar passa, necessariamente, pelo amplo domínio da leitura, tanto da escrita como da arte.











Aprender a pensar é descobrir o olhar

Márcia Tiburi – Filósofa



A diferença entre ver e olhar é tanto uma distinção semântica que se torna importante em nossos sofisticados jogos de linguagem tomados da tarefa de compreender a condição humana – e, nela, especialmente as artes –, quanto um lugar comum de nossa experiência. Basta pensar um pouco e a diferença das palavras, uma diferença de significantes, pode revelar uma diferença em nossos gestos, ações e comportamentos. Nossa cultura visual é vasta e rica, entretanto, estamos submetidos a um mundo de imagens que muitas vezes não entendemos e, por isso, podemos dizer que vemos e não vemos, olhamos e não olhamos. O tema ver-olhar – antigo como a filosofia e a arte – torna-se cada vez mais fundamental no mundo das artes e estas o território por excelência de seu exercício. Mas se as artes nos ensinam a ver – olhar, é porque nos possibilitam camuflagens e ocultamentos. Só podemos ver quando aprendemos que algo não está à mostra e podemos sabê-lo. Portanto, para ver olhar, é preciso pensar.

Ver está implicado ao sentido físico da visão. Costumamos, todavia, usar a expressão olhar para afirmar uma outra complexidade do ver. Quando chamo alguém para olhar algo espero dele uma atenção estética, demorada e contemplativa, enquanto ao esperar que alguém veja algo, a expectativa se dirige à visualização, ainda que curiosa, sem que se espere dele o aspecto contemplativo. Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos televisão, enquanto olhamos uma paisagem, uma pintura.

A lentidão é do olhar, a rapidez é própria ao ver. O olhar é feito de mediações próprias à temporalidade. Ele sempre se dá no tempo, mesmo que nos remeta a um além do tempo. Ver, todavia, não nos dá a medida de nenhuma temporalidade, tal o modo instantâneo com que o realizamos. Ver não nos faz pensar, ver nos choca ou nem sequer nos atinge. As mediações do olhar, por sua vez, colocam-no no registro do corpo: no olhar – ao olhar - vejo algo, mas já vitimado por tudo o que atrapalha minha atenção retirando-a da espécie sintética do ver e registrando- a num gesto analítico que me faz passear por entre estilhaços e fragmentos a compor – em algum momento – um todo. O olhar mostra que não é fácil ver e que é preciso ver, ainda que pareça impossível, pois no olhar o objeto visto aparece em seus estilhaços de ser e só com muito custo é que se recupera para ele a síntese que nos possibilita reconstruir o objeto. É como se depois de ver fosse necessário olhar, para então, novamente ver. Há, assim, uma dinâmica, um movimento - podemos dizer - um ritmo em um processo de olhar-ver. Ver e olhar se complementam, são dois movimentos do mesmo gesto que envolve sensibilidade e atenção.

O olhar diz-nos que não temos o objeto e, todavia, nos dispõe no esforço de reconstituí-lo. O olhar nos faz perder o objeto que visto parecia capturado. Para que reconstituí-lo? Para realmente captura-lo. Mas essa captura que se dá no olhar é dialética: perder e reencontrar são os momentos tensos no jogo da visão. Há, entretanto, ainda outro motivo para buscar reconstruir o objeto do olhar: para não perder além do objeto, eu mesmo, que nasço, como sujeito, do objeto que contemplo – construo enquanto contemplo. Olhar é também uma questão de sobrevivência. Ver, por sua vez, nos liberta de saber e pode nos libertar de ser. Se o olhar precisa do pensamento e ver abdica dele, podemos dizer que o sujeito que olha existe, enquanto que o sujeito que vê, não necessariamente existe. Penso, logo existo: olho, logo existo. Eis uma formulação para nosso problema.

Mas se não existo pelo ver, não estou implicado por ele nem à vida, nem à morte. Ver nos distancia da morte, olhar nos relaciona a ela. O saber que advém do olhar é sempre uma informação sobre a morte. A morte é a imagem. A imagem é, antes, a morte. Ver não me diz nada sobre a morte, é apenas um primeiro momento. Ver é um nascimento, é primeiro. O olhar é a ruminação do ver: sua experiência alongada no tempo e no espaço e que, por isso, nos instaura em outra consistência de ser. Por isso, nossa cultura hipervisual dirige-se ao avanço das tecnologias do ver, mas não do olhar. É natural que venhamos a desenvolver uma relação de mercadoria com os objetos visualizáveis e visíveis. O olhar implica, de sua parte, o invisível do objeto: a coisa. Ele nos lança na experiência metafísica. Desarvoramos a perspectiva, perturba-nos. Por isso o evitamos. Todavia, ainda que a mediação implicada no olhar faça dele um acontecimento esparso, pois o olhar exige que se passeie na imagem e esse passear na imagem traça a correspondência ao que não é visto, é o olhar que nos devolve ao objeto – mas não nos devolve o objeto - não sem antes dar-nos sua presença angustiada.

O olhar está, em se tratando do uso filosófico do conceito, ligado à contemplação, termo que usamos para traduzir a expressão Theorein, o ato do pensamento de teor contemplativo, ou seja, o pensar que se dá no gesto primeiro da atenção às coisas até a visão das idéias tal como se vê na filosofia platônica. Paul Valéry disse que uma obra de arte deveria nos ensinar que não vimos aquilo que vemos. Que ver é não ver. Dirá Lacan: ver é perder. Perder algo do objeto, algo do que contemplamos, porque jamais podemos contemplar o todo. O que se mostra só se mostra porque não o vemos. Neste processo está implicado o que podemos chamar o silêncio da visão: abrimo-nos à experiência do olhar no momento em que o objeto nos impede de ver. Uma obra de arte não nos deixa ver. Ela nos faz pensar. Então, olhamos para ela e vemos.

Pintura e Literatura - Caminhos da Beleza

Pontos comuns diferenciados entre a arte de escrever e a de pintar,

tratando a interpretação como uma questão pessoal.



Muitos são os caminhos para a expressão do belo: pintura, escultura, literatura, música, dança, arquitetura e tantas outras formas de atingir o campo sensível dos seres humanos. Todas essas artes buscam, de alguma forma, o mundo. Os olhos vêem, o coração sente, ele produz beleza.

E para os sensíveis apreciadores das artes, podemos selecionar, em meio delas, a literatura e a pintura, traçando um curioso paralelo entre essas duas formas de expressão do pensamento e de sentimentos que transformam a realidade.

Comecemos buscando definições práticas.

Literatura: de acordo com o dicionário é a arte de compor obras literárias; conjunto de trabalhos literários de um país ou de uma época; carreira das letras; o homem da letra. Palavra originária do latim "litera", teve, no início, o significado da "totalidade das produções intelectuais de uma nação ou da vida de cada povo, cada raça". No sentido mais amplo podemos encontrar literatura como "o conjunto das produções sábias e intelectuais de toda a humanidade e de todas as manifestações dos povos"; no sentido puramente intelectual, seria "carreira das letras, profissão do homem e da mulher que se dedicam a obras concernentes à literatura".

Para nosso paralelo, utilizaremos o conceito de literatura como "o conjunto de todas as produções intelectuais nascidas da imaginação e resultantes das palavras escritas e faladas". É a obra elaborada pelo escritor.

E a pintura? Qual é a sua definição?

Segundo os dicionários é "arte de pintar, obra executada por pintor; descrição fiel e minuciosa; quadro, painel, cor, representação escrita ou verbal; coisa bonita e perfeita; imagem; ato ou efeito de pintar". A pintura faz parte, juntamente com a escultura, das linhas , da cor, da forma...

Assim, a pintura pode ser entendida como a representação da beleza e da perfeição que nos é passada por uma imagem concreta, um retrato daquilo que o artista quer apresentar aos olhos dos homens e de si mesmo.

Quais seriam, portanto, os pontos comuns e diferenciados entre a arte de escrever e a arte de pintar?

1º - A existência do tema - Tanto a obra literária quanto a pintura apresentam um tema nem sempre fácil de ser reconhecido. Por isso fazem-se necessários a descoberta de antigos valores e o resgate da história para que cheguemos a ele. Os temas variam de acordo com a inspiração ou o contexto de que o pintor ou escritor se utiliza para o seu trabalho.

2º - A utilização de uma técnica própria - O pintor utiliza-se de sua sensibilidade, da sua intimidade com as cores e instrumentos; da capacidade de reproduzir visualmente uma realidade, recompondo-a transformada ou não, através de sua própria interpretação e do domínio de conhecimentos da arte de pintar.

Acontece quase o mesmo com o escritor: utiliza-se de sua sensibilidade, de sua intimidade com as palavras, estrutura das frases, implicâncias gramaticais e da sua capacidade de reproduzir, através delas o mundo exterior, real e/ou imaginário, passando-o pelo crivo de sua interpretação, sob o domínio das letras. As duas expressões artísticas são elaboradas a partir de técnicas apropriadas para o objetivo do autor ou mesmo da obra. Essas técnicas da criação física do sensível, na pintura, torna-se imagística-concreta e, na criação literária, imagística-intelectual.

3º - Os recursos utilizados - O pintor utiliza-se de instrumentos próprios para expressar-se: pincéis, lápis, tintas, telas, materiais diversificados. Também usa seu conhecimento de técnicas consagradas ou as recria em novos caminhos de expressão.

O escritor utiliza-se de palavras, do seu conhecimento de línguas, dos meios de registros da reprodução de suas idéias. Seus instrumentos são ainda a caneta, o lápis, o papel, a máquina de escrever, o computador, a impressora e outros.

Utiliza-se também, como o pintor, de sua cultura, de sua maneira própria de enxergar o mundo, de estudos e pesquisa. Expressa-se através do texto escrito, com imagens que sensibilizem a imaginação do leitor, com descrições que lhe transmitam conhecimentos de alguns assuntos ou com relatos que o coloquem informado sobre os acontecimentos.

4º - Espaço e tempo - As linguagens adotadas, tanto pelo pintor quanto pelo escritor sempre são relacionadas a uma determinada época histórica ou a um determinado espaço.

Desse modo, a sua produção pode expressar-se vinda de espaços interiores ou exteriores, visto que o contexto histórico motivador pode estar instalado dentro e/ou fora do autor da obra.

5º - Estilo histórico - Visto que o contexto histórico é inserido na obra através da captação do tempo, o estilo dos autores da literatura e da pintura apóia-se nos chamados "movimentos de influência". Assim, temos observado a presença de estilos influenciados pela escola artística predominante na época da produção.

Também, a não contemporaneidade de movimentos artístico-literários no tempo e no espaço histórico, gerou estilos diferentes na expressão de pintores e escritores brasileiros e europeus.

Como resultado, temos obras de pintura e literatura ligadas ou não aos "movimentos de influência", nas quais podemos detectar claramente a época e o estilo., assim como as características predominantes nas mesmas, mostrando o contexto histórico da sua produção.

6º - Liberdade de expressão - Tanto na pintura quanto nos textos, o artista é livre para estabelecer convenções e regras, apropriar-se ou não das já existentes.

Não se prendendo a elas, a livre-expressão fará com que sua produção seja única, tenha seu estilo, expresse sua forma de ver o mundo e o transforme com seu trabalho.

Interpretação: uma questão pessoal - Caso alguém se proponha a explorar significados e mensagens de pinturas ou de textos literários, há grande risco de confusão pela quantidade de índices de pontos de vista diante de uma produção artística.

Por isso, tanto o pintor quanto o escritor, ao realizarem suas obras, não devem estar preocupados com "o que vão pensar" e sim com " o que eu penso".

A interpretação de uma obra artística depende de muitos fatores: cultura, contexto da literatura, contexto histórico (social, moral, psicológico, etc.) Se são comuns visões diferentes sobre um assunto, o mesmo acontece com as produções artístico-literárias.

Dessa forma, cabe ao apreciador de pintura ou de literatura, buscar caminhos para entender essa linguagem, situando-a no tempo e no espaço de produção e da apreciação da obra. Resta-lhe, diante do produto do pintor ou do escritor, selecionar para si o melhor campo a ser explorado, posicionando-se como um crédulo em sua própria interpretação.

Para tanto, não pode perder de vista seus recursos: conhecimentos de história e de habilidades técnicas para ampliar a experiência pessoal.

O apreciador de uma obra de arte contemporânea, histórica ou futurística tem também o direito de ignorar os discursos convencionais de interpretação e de assimilar de uma obra, apenas o que deseja gravar em sua mente e em seu coração.



MOVIMENTOS ARTÍSTICOS NAS ARTES PLÁSTICAS



História das Artes Plásticas, Fases Artísticas, Arte Pré-Histórica, Arte Egípcia, Arte Grega, Arte Romana, Arte Bizantina, Arte Medieval, Arte Renascentista, Barroco, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Arte Abstrata.

Arte na Pré-História

As primeiras obras de arte datam do período Paleolítico. Entre as obras mais antigas já encontradas estão pequenas estátuas humanas como, por exemplo, a Vênus de Willendorf (aproximadamente 25000 a.C.). Os mais conhecidos conjuntos de pinturas em cavernas ( arte rupestre ) estão em Altamira, na Espanha e datam de 30000 a.C. a 12000 a.C.; e em Lascaux, na França de 15000 a.C. a 10000 a.C. , onde se encontram pinturas rupestres de animais pré-históricos como: cavalos, bisões, rinocerontes. Estas pinturas indicam rituais pré-históricos ligados à caça. As imagens demonstram um naturalismo e evoluem da monocromia à policromia entre os anos de 15000 a.C. a 9000 a.C.

Arte Mesopotâmica

Na região entre os rios Tigre e Eufrates desenvolveu-se a civilização mesopotâmica. Nesta região, sumérios, babilônios, assírios, caldeus e outros povos desenvolveram uma arte que demonstra a religiosidade e o poder dos governantes. São touros alados, estatuetas de olhos circulares, relevos em paredes representando guerras e conquistas militares e animais e pictogramas representando fatos da realidade daqueles povos.

Arte do Egito

No Antigo Egito as obras de arte possuíam um possui forte caráter religioso e funerário.Essas características podem ser explicadas em função da crença que os egípcios tinha na vida após a morte. Há representações artísticas de deuses, faraós e animais explicadas por textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides ou em papiros. Representavam o cotidiano da nobreza ou tratava de assuntos do cotidiano. Uma das características principais é o desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.

Arte na Grécia Antiga

A cultura e a arte minóica desenvolveu-se na ilha grega de Creta. Nas pinturas dos murais as cores diversificadas mostram-se fortes e vivas. Desenhos de touros, imagens abstratas, símbolos marinhos e animais ilustram a cerâmica.

O período clássico da arte grega é a época de maior expressão da arte grega. A natureza é retratada com equilíbrio e as formas aproximam-se da realidade. A perspectiva aparece de forma intensa nas pinturas gregas deste período. Nas esculturas de bronze e mármore, destacam-se a harmonia e a realidade. Os principais escultores são Mirón, Policleto, Fídias, Praxíteles. A arquitetura e a ornamentação de templos religiosos, como o Partenon, a acrópole de Atenas e o templo de Zeus na cidade de Olímpia mostram força e características expressivas.

No período helenístico, ocorre a fusão entre as artes grega e oriental. A arte grega assume aspectos da realidade, fruto do domínio persa. Nas esculturas verifica-se dramaticidade e as formas decorativas em excesso. Entre as obras mais representativas deste período estão: Vitória da Samotrácia , Vênus de Milo e o templo de Zeus, em na cidade de Pérgamo.

Arte Romana do Ocidente e do Oriente ( Arte Bizantina )

Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais dos gregos e chega a "copiar" estátuas clássicas. É a época da construção de monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. A pintura mural recorre ao efeito tridimensional. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período.

No Império Romano do Oriente ( Império Bizantino ) com capital em Constantinopla (antiga Bizâncio), aparece a arte bizantina, sob forte influência da Grécia . Podemos destacar as pinturas murais, os manuscritos, os ícones religiosos e os mosaicos de cores fortes e brilhantes, carregados de profundo caráter religioso.

Arte Renascentista : O Renascimento Cultural (séculos XV e XVI)

Os elementos artísticos da Antiguidade clássica voltam a servir de referência cultural e artística. O humanismo coloca o homem como centro do universo ( antropocentrismo ). São características desta época : uso da técnica de perspectiva, uso de conhecimentos científicos e matemáticos para reproduzir a natureza com fidelidade. Na pintura, novas técnicas passam a ser utilizadas : uso da tinta a óleo, por exemplo, buscava aumentar a ilusão de realidade.

A escultura renascentista é marcada pela expressividade e pelo naturalismo. A xilogravura passa a ser muito utilizada nesta época. Entre as pinturas destacam-se: O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck; A Alegoria da Primavera, de Sandro Boticcelli; A Virgem dos Rochedos, Monalisa e A Última Ceia de Leonardo da Vinci; A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio; o teto da Capela Sistina e a escultura Davi de Michelangelo Buonarotti.

Maneirismo (século XVI)

Ao romper com as referências clássicas de idealização da beleza, o maneirismo diferencia-se por suas imagens distorcidas e alongadas. A natureza é representada de forma distorcida e realista, sendo que as figuras bizarras aparecem com freqüência. Obras mais importantes do maneirismo: O Juízo Final, de Michelangelo; A Crucificação, de Tintoretto; e O Enterro do Conde de Orgaz, de El Greco.

Barroco : arte barroca (1600 a 1750)

A arte barroca destaca a cor e não o formato do desenho. As técnicas utilizadas dão um sentido de movimento ao desenho. Os efeitos de luz e sombra são utilizados constantemente como um recurso para dar vida e realidade à obra. Os temas que mais aparecem são: a paisagem, a natureza-morta e cenas da vida cotidiana.

Obras barrocas mais conhecidas: A Ceia em Emaús, de Caravaggio; A Descida da Cruz, de Peter Paul Rubens; A Ronda Noturna, de Rembrandt; O Êxtase de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini; As Meninas, de Diego Velásquez; e Vista de Delft, de Jan Vermeer.

Rococó (1730 a 1800)

O estilo rococó é marcado por pinturas com tons claros, com linhas curvas e arabescos. O estilo é bem decorativo e a sensualidade aparece em destaque. Os afrescos ganham importância e são utilizados na decoração de ambientes interiores.

Artistas mais importantes do rococó: Jean-Antoine Watteau, Giovanni Battista Tiepolo, François Boucher e Jean-Honoré Fragonard.

Neoclassicismo (1750 a 1820)

Novamente os elementos e valores da arte clássica ( grega e romana ) são resgatadas.. Há uma incidência maior do desenho e da linha sobre a cor. O heroísmo e o civismo são temas muito explorados neste período.

Principais obras: Perseu com a Cabeça da Medusa, de Antonio Canova; O Parnaso, de Anton Raphael Mengs; O Juramento dos Horácios e A Morte de Sócrates, de Jacques-Louis David; e A Banhista de Valpinçon, de Jean-Auguste-Dominique Ingres.

Romantismo nas artes plásticas (De 1790 a 1850)

Subjetividade e introspecção, sentimentos e sensações são características deste período. A literatura romântica, os elementos da natureza e o passado são retratados de forma intensa no romantismo.São representantes desta época o artista Francisco de Goya y Lucientes. Algumas de suas principais pinturas são: A Família de Carlos IV, O Colosso e Os Fuzilamentos do Três de Maio de 1808. Outras obras românticas : A Balsa da Medusa, de Théodore Géricault; A Carroça de Feno, de John Constable; A Morte de Sardanapalo, de Eugène Delacroix; e O Combatente Téméraire, de Joseph William Turner.

Realismo (De 1848 a 1875)

O realismo destaca a realidade física através da objetividade científica e crua. Estas obras são inspiradas pela vida cotidiana e pela paisagem natural. Aparecem fortes críticas sociais e elementos do erotismo, provocando criticas dos setores conservadores da sociedade européia do século XIX. Principais pinturas: Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré Daumier; e Almoço na Relva, de Édouard Manet.

Impressionismo (De 1880 a 1900)

Através da luz e da cor os artistas do impressionismo buscam atingir a realidade. As obras são feitas ao ar livre para aproveitar a luz natural. Obras mais conhecidas: Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet, A Aula de Dança, de Edgard Degas; e O Almoço dos Remadores, de Auguste Renoir.

Pós-impressionismo

É o período marcado pelas experimentações individuais. Os artistas buscam a realidade e imitam a natureza, utilizando recursos de luz e cor. O cromatismo é muito utilizado.As cores mais intensas são exploradas por Vincent Van Gogh com pinceladas fortes e explosivas, como em Noite Estrelada. Henri de Toulouse-Lautrec usa a técnica da litogravura.

Expressionismo

Artistas plásticos de diferentes períodos são considerados precursores do expressionismo, entre eles Goya, Van Gogh, Gauguin e James Ensor. O expressionismo pode ser considerado como uma postura assumida em diversas formas de manifestação artística durante o século XX. Vários artistas desta trabalham nessa linha, sem ligar-se a movimentos ou a grupos. Podemos citar alguns: Edward Munch, Emil Nolde, Amedeo Modigliani, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Chaim Soutine, Alberto Giacometti e Francis Bacon.

Cubismo ( De 1908 a 1915 )

Este estilo rompeu com os elementos artísticos tradicionais ao apresentar diversos pontos de vista em uma mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas muitas vezes para representar figuras humanas. Recortes de jornais, revistas e fotos são recursos utilizados neste período. São obras representativas desta época: Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, e Casas em L'Estaque, de Georges Braque.

Dadaísmo (Décadas de 1910 a 1920)

Revolucionário, anárquico e anticapitalista, o dadaísmo, prega o absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas linguagens, como pintura, poesia, escultura, fotografia e teatro. Destacam-se os artístcas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray.

Arte Surrealista (Década de 1920)

Os artistas exploram o inconsciente e as imagens que não são controladas pela razão. O surrealismo usa associações irreais, bizarras e provocativas. O rompimento com as noções tradicionais da perspectiva e da proporcionalidade resulta em imagens estranhas e fora da realidade.

Obras: Auto-Retrato com Sete Dedos, de Marc Chagall; O Carnaval do Arlequim, de Joan Miró; A Persistência da Memória, de Salvador Dalí; A Traição das Imagens, de René Magritte; e Uma Semana de Bondade, de Max Ernst, são algumas das obras mais representativas.

Pop Art (Década de 1950)

As histórias em quadrinhos e a mídia visual e impressa são os elementos de referência da pop art. Humor e crítica ao consumismo são constantes nas obras de pop art. Artistas mais conhecidos: Richard Hamilton, Allen Jones, Robert Rauschenberg, Jasper Johns, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselman, Jim Dine, David Hockney e Claes Oldenburg.

Arte Conceitual (Década de 1960)

Textos, imagens e objetos são as referências artísticas deste tipo de arte. A obra deve ser valorizada por si só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a instalação, ou seja, um espaço de interação entre a obra e o espectador. Até mesmo a televisão e o vídeo são usados nas instalações. Destacam-se os seguintes artistas: Joseph Beuys, Joseph Kosuth, Daniel Buren, Sol Le-Witt e Marcel Broodthaers, Nam June Paik, Vito Acconci, Bill Viola, Bruce Naumann, Gary Hill, Bruce Yonemoto e William Wegman.



Bibliografia

"Para entender de arte"- Editora Ática, edição brasileira - 1996

www.leiabrasil.org.br

JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Muita coisa na matemática não foi desenvolvida com a preocupação única de aplicação prática. O prazer de desvendar um problema tornou-se historicamente um desafio que motivou muitas descobertas. Os jogos constituem uma atividade lúdica e criativa desde os mais remotos tempos.


Contudo, a finalidade dos jogos não é apenas a de distrair. Eles também ensinam, propiciando progresso cultural e criando condições para um melhor conhecimento da vida.

Os jogos podem ser utilizados como aplicação de determinados conteúdos trabalhados ou estratégicos que se apresentam como, em primeiro lugar, uma excelente forma para motivar e desenvolver habilidades lógicas nos alunos, em segundo lugar, um jogo estratégico contém os mesmos elementos que a resolução de problemas.



AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS



• Podem substituir atividades rotineiras e desinteressantes por outras mais interessantes;

• O aluno participa do processo de aprendizagem, passa de ouvinte passivo das explicações do professor para elemento ativo;

• Facilita a socialização entre alunos;

• Favorece o desenvolvimento da criatividade;

• É favor de motivação dos alunos.





JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA



Muita coisa na matemática não foi desenvolvida com a preocupação única de aplicação prática. O prazer de desvendar um problema tornou-se historicamente um desafio que motivou muitas descobertas. Os jogos constituem uma atividade lúdica e criativa desde os mais remotos tempos.

Contudo, a finalidade dos jogos não é apenas a de distrair. Eles também ensinam, propiciando progresso cultural e criando condições para um melhor conhecimento da vida.

Os jogos podem ser utilizados como aplicação de determinados conteúdos trabalhados ou estratégicos que se apresentam como, em primeiro lugar, uma excelente forma para motivar e desenvolver habilidades lógicas nos alunos, em segundo lugar, um jogo estratégico contém os mesmos elementos que a resolução de problemas.



AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS



• Podem substituir atividades rotineiras e desinteressantes por outras mais interessantes;

• O aluno participa do processo de aprendizagem, passa de ouvinte passivo das explicações do professor para elemento ativo;

• Facilita a socialização entre alunos;

• Favorece o desenvolvimento da criatividade;

• É favor de motivação dos alunos.

Leitura feita pelo professor

Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. È o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.


A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.

Na escola, uma prática intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

o Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;

o Estimular o desejo de outras leituras;

o Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;

o Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se algo para ser lido;

o Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;

o Aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares – condição para a leitura fluente e para a produção de textos;

o Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;

o Informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;

o Ensinar a estudar;

o Possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;

o Favorecer a aquisição de velocidade na leitura;

o Favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.

PCN – MEC – Língua Portuguesa



Leitura feita pelo professor



Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. È o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.

A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.

Na escola, uma prática intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

o Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;

o Estimular o desejo de outras leituras;

o Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;

o Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se algo para ser lido;

o Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;

o Aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares – condição para a leitura fluente e para a produção de textos;

o Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;

o Informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;

o Ensinar a estudar;

o Possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;

o Favorecer a aquisição de velocidade na leitura;

o Favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.

PCN – MEC – Língua Portuguesa



Leitura feita pelo professor



Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. È o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.

A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.

Na escola, uma prática intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

o Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;

o Estimular o desejo de outras leituras;

o Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;

o Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se algo para ser lido;

o Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;

o Aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares – condição para a leitura fluente e para a produção de textos;

o Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;

o Informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;

o Ensinar a estudar;

o Possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;

o Favorecer a aquisição de velocidade na leitura;

o Favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.

PCN – MEC – Língua Portuguesa

PLANEJANDO ATIVIDADES DIFERENCIADAS

• PARCERIAS para um trabalho mais efetivo: Professor-Professor / Professor-Aluno / Professor-Coordenador




• A EDUCAÇÃO EM 3 TEMPOS:



1º TEMPO: O professor como transmissor de conhecimento; detentor do saber; “Eu repito uma vez só”.

2º TEMPO: Início da globalização; conhecimentos múltiplos; preocupação de transformar informação em conhecimento.

3º TEMPO: O limite do aprender está em questão; reflexão sobre como o aluno aprende; o professor precisa aprender a desaprender e perceber que não é o dono da verdade.



• A partir dos conceitos de inteligências múltipla e emocional, o objetivo central da educação é de formar e não informar.



• Dr. Haward Gardner definiu inteligência “como o processo de aprender e apreender a informação cognitiva, emocional e sensorial, a capacidade de tomar decisões e encontrar soluções e respostas a perguntas, problemas ou dilemas”.



• Inteligências: lingüística, musical, lógico-matemática, espacial, sinestésica, natural, intrapessoal e interpessoal. Em aulas diversificadas há uma maior possibilidade em atingir todas as inteligências.



• 8 características do trabalhador do século XXI segundo a UNESCO:



1. Ser flexível e não especialista demais;

2. Ter mais criatividade do que informação;

3. Estudar durante a vida toda;

4. Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão;

5. Assumir responsabilidades (autonomia);

6. Ser empreendedor;

7. Entender as diferenças culturais;

8. Adquirir intimidade com as novas tecnologias.



• O ato de planejar é uma atividade intencional pela qual se projetam fins e estabelecem meios para atingi-los. Por isso não é neutro; produz e reproduz ideologia. Para planejar é preciso conhecer a proposta pedagógica da escola, a teoria de aprendizagem que a embasa e ter clareza da formação do Homem que se pretende formar (o ideal de Homem). Ao planejar qualquer ação, pense se ela está relacionada com os objetivos da educação em que você acredita e para a qual está comprometido. Pergunte: Por que? Para quem?



• Você já pensou que seu aluno pode ser o professor do seu neto? O administrador do seu bairro? Que tipo de ser humano você quer encontrar no futuro para conviver?



RESPONSÁVEL – CRIATIVO – ÉTICO – CAPAZ – ATUANTE – HUMANO – FELIZ – CIDADÃO – HONESTO - ......

Portanto: na sala de aula devemos formar o aluno para ser um adulto assim; os pais querem a mesma coisa para seus filhos.



Porque pensamos em atividades diferenciadas?



• As atividades diversificadas ampliam as possibilidades de aprendizagem dos alunos.

• Pelas experiências diferenciadas aprendem através do lúdico, da vivência, da constatação pelo real, do relacionamento, educando-se para o pleno exercício da cidadania.

• Constata-se que na maioria das vezes o aprendizado que ocorre no seio destas atividades tem eficiência muito superior ao aprendizado escolar formal.

• As atividades diversificadas devem ser contextualizadas.

• O aluno aprende:

- vivendo uma cultura (folclore);

- ouvindo outros ritmos;

- sentindo outros sabores;

- praticando a cooperação;

- curtindo a vida;

- somando para dividir (pic-nic com turmas diferentes, o aluno tem um limite de comida para trazer, trabalha-se a partilha);

- criando (customização de roupas);

- construindo;

- dançando;

- vivendo outros papéis (desfile, teatro);

- valorizando outros saberes;

- ouvindo (mercado);

- conquistando (concursos, festival);

- demonstrando (teatro, sarau);

- exercendo cidadania;

- defendendo idéias (grêmio, representante de classe);

- comparando as diferenças;

- desenvolvendo habilidades (culinária, trabalhos manuais);

- ensinando (contando histórias para outros alunos);

- testando;

- chegando a conclusões (espaço para os alunos expor idéias);

- chegando a conceitos;

- representando (música, teatro, poesia, esporte);

- interpretando (utilização de livros paradidáticos);

- CONSTRUINDO UM MUNDO NOVO COM OUSADIA PARA FAZER DIFERENTE

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Catapora

A catapora também é conhecida como varicela e é uma doença muito contagiosa causada por um vírus chamado Varicela Zoster e esta é uma doença mais comum da infância, principalmente porque só se pega catapora uma vez. Sua principal característica é o corpo coberto por pintinhas vermelhas e elas começam no tronco da criança, espalhando-se rapidamente para o rosto, braços e pernas. A catapora espalha-se tmbém para dentro da boca, do nariz, das orelhas e de outros orifícios do corpo.


Depois de um tempo, as pintinhas vermelhas se transformam em pequenas bolhas de água, que quando começam a cicatrizar, de 4 a 5 dias, formam casquinhas e caem. Quando estas feridas são coçadas, infeccionam e deixam a pele com cicatrizes permanentes ou seja não somem jamais e deixa a criança com febre alta, coceira na pele, cansaço, cefaléia e perda de apetite.

Jamais deixe a criança tomar friagem, ficar sem roupa e coçar as feridas. Algumas crianças que tomam friagem quando está com catapora, corre o risco de ela recolher, ou seja é muito perigoso, pois algumas crianças chegaram a falecer, devido não tomarem os devidos cuidados com a catapora. O ideal é a criança ficar em casa sob os cuidados da mãe!

Febre Em Bebês

A febre é o elevamento da temperatura do corpo acima do normal e é causada por alguma infecção. Uma criança quando saudável tem a temperatura do seu corpo variada muitas vezes ao dia e esta variação ocorre normalmente. Se um ou mais dos seguintes sintomas forem observados acompanhados da febre, leve seu bebê ao médico imediatamente:


Se o bebê chorar inconsolavelmente, se a criança apresentar certa dificuldade em respirar, aquela que não melhora mesmo depois de uma limpeza no nariz do bebê, não mama e nem come, já está doente ou estava saudável, mas não está parecendo nada bem, o pescoço está rígido, ele está com o corpinho mole e dificuldade em acordar e está tendo convulsões. Todos estes sintomas acompanhados com febre em bebês é sinal de alerta e não se deve esperar mais nenhum momento e levar a criança ao hospital ou pronto-socorro imediatamente.

Se o seu bebê tem menos de 3 meses de vida, comunique imediatamente ao médico se a temperatura do corpo dele for igual ou superior que 38ºC. Se o bebê tem mais que 3 meses de vida, você pode cuidar de uma febre com temperatura até 38.3, sem um médico, mas seu bebê deve estar se alimentando bem, agindo normalmente e não tenha outros sintomas.

Uma criança com 1 ano de idade que está com o corpo mole, parecendo está doente e não está com temperatura elevada, também deve ser levada imediatamente ao médico. Ofereça á criança com febre, um banho em banheira, com água em temperatura nem muito baixa e nem elevada, mais ou menos temperatura ambiente.

Rubéola

A rubéola é uma doença causada por vírus (Rubivirus da família togaviridae), transmitida por minúsculas gotas de saliva liberada no ar ao tossir, espirrar ou falar, ou da mãe para o feto, por meio da circulação comum. O nome rubéola foi dado devido ao aspecto avermelhado ou rubro do paciente.


A rubéola, é uma das poucas infecções virais que podem causar anormalidades fetais no caso da gestante ter o contato com a doença. O paciente deve ficar isolado, durante uns 10 dias após o aparecimento da erupção, visto ser uma doença contagiosa.

O período de incubação é de 14 a 21 dias e logo após começam os sintomas que são : febre alta, cefaléia, mal-estar, dor de garganta, aumento das glândulas perto do pescoço e ouvidos e as pintinhas vermelhas na pele. A rubéola, dura cerca de uma semana e é prevenida com a vacina triplice viral, sendo eficiênte em quase 100% dos casos e devem ser administradas em crianças com 15 meses de vida. As mulheres que não tiveram a doença, devem ser vacinadas antes de engravidarem.

Sarampo

O sarampo é uma infecção viral (gênero Morbilívirus, família Paramyxoviridae) , é facilmente transmitido de pessoa para pessoa, por isto é altamente contagioso e muito comum na infância, é muito parecido com a catapora, pois faz surgir bolinhas vermelhas pelo corpo e apresenta coceira.


Os sintomas são: febre, tosse, olhos inchados e irritados em lugares muito ilminados, podendo surgir pequenas ínguas no pescoço e com o passar das primeiras 24 horas os sintomas vão piorando com o desânimo e surgem diversas pintinhas vermelhas pele pele, da cabeça para os pés, e estas pintinhas ficam de 5 a 6 dias no corpo da criança.

É uma doença que deve ser tratada com muito cuidado e com o acompanhamento médico, pois podem surgir complicações tais como: pneumonias, encefalites, otites, diarréias, etc. A principal medida de prevenção do sarampo é a vacinação e deve ser aplicada uma dose da vacina antisarampo á partir da triplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e o único tratamento é o repouso absoluto e a medicção prescrita pelo médico para o alívio dos sintomas e o sarampo pode facilitar infecções bacterianas que deverão ser tratados com antibióticos adequados e esta doença dura até 2 semanas.